Após o adiamento da sabatina marcada para 10 de dezembro, interlocutores do Palácio do Planalto passaram a admitir que a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal só deve ser analisada pelo Senado em 2026. A decisão de cancelar a reunião foi tomada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP).
Mesmo assim, auxiliares do presidente Lula defendem que a sabatina ocorra até março do próximo ano. A avaliação interna é que o calendário eleitoral de outubro tende a mobilizar o governo e o Congresso, reduzindo o espaço político para tratar da indicação ao STF.
No Planalto, março é visto como o período mais favorável porque permitiria ao presidente negociar com senadores, inclusive com o próprio Alcolumbre, em busca de apoio à aprovação de Messias.
Lula tem mantido conversas com parlamentares sobre o tema. Na segunda-feira (1º), ele recebeu o presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), responsável por conduzir a sabatina. O senador, no entanto, já indicou que a análise do nome de Messias deve ficar para o ano que vem.


