Delegadas repassam informações sobre os homicídios das jovens Micaela e Vitória
A Polícia Civil de Alagoas afirmou, nesta quinta-feira (24), que as mortes das jovens Micaela da Silva Araújo Cavalcante e Vitória Stefani da Silva, ambas de 25 anos, podem estar relacionadas ao tráfico de drogas. As duas estavam desaparecidas desde o dia 16 de abril. Durante coletiva de imprensa, as delegadas Juliane Santos, coordenadora do…
A Polícia Civil de Alagoas afirmou, nesta quinta-feira (24), que as mortes das jovens Micaela da Silva Araújo Cavalcante e Vitória Stefani da Silva, ambas de 25 anos, podem estar relacionadas ao tráfico de drogas. As duas estavam desaparecidas desde o dia 16 de abril.
Durante coletiva de imprensa, as delegadas Juliane Santos, coordenadora do 10º Segmento de Homicídios e Proteção à Pessoa, e Tacyane Ribeiro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, informaram que uma das linhas de investigação trabalhadas no momento aponta para uma possível ligação das vítimas e seus respectivos namorados com o tráfico de entorpecentes. A hipótese de feminicídio, segundo as autoridades, está descartada neste estágio das investigações, apesar da prisão temporária do namorado de Micaela.
“Estamos trabalhando com a possibilidade dos crimes estarem relacionados e terem acontecido no mesmo dia embora tenham sido encontrados em locais diferentes. O tráfico de drogas é uma das linhas que está sendo trabalhada, pois possivelmente os namorados tinham envolvimento com o tráfico e provavelmente as vítimas também. Mas só poderemos afirmar ao término das investigações”, disse a delegada Juliane Santos.
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Micaela, que morava em Marechal Deodoro, disse à família que visitaria o namorado, vizinho de Vitória, na Barra de São Miguel. No dia seguinte, o corpo de Vitória foi encontrado em um canavial, com um disparo de espingarda calibre 12 na cabeça. A vítima teve o rosto desfigurado, e sua identidade foi confirmada apenas por meio de exames no Instituto Médico Legal (IML).
O corpo de Micaela foi localizado quase uma semana depois, na quarta-feira (23), em um canavial de São Miguel dos Campos, após diligências realizadas pela polícia. Segundo a delegada, a jovem foi encontrada amarrada, e o crime apresenta características de execução.
“A princípio, o corpo de Vitória foi localizado sem identificação na sexta-feira, 17. Foi realizada a perícia necropapiloscópica no corpo que identificou que era da primeira vítima. Lincamos os casos, tanto do agora homicídio com o desaparecimento de Micaela. Tentamos montar os últimos passos das vítimas. Tínhamos esperança de que ela ainda estivesse viva embora tivéssemos os indicativos do provável homicídio. Continuamos as diligências e ontem localizamos o corpo de Micaela amarrado e em um canavial. O modus operandi e os cadáveres das vitimas, nos dizem que provalvemente se trata de execução”, relatou a delegada.
O namorado de Micaela teve prisão temporária decretada pelo Poder Judiciário no decorrer das investigações. Segundo a polícia, ele foi a última pessoa vista com a jovem e teria informado à família que estava deixando-a em casa, mas Micaela nunca chegou ao destino.
“As buscas seguiram em paralelo a prisão do suspeito. Ele negou e deu sua versão dos fatos que vai ser analisada pra saber se é verdade ou mentira. Pedimos a prisão porque Micaela saiu de casa dizendo que ia para casa do namorado, que era vizinho da Vitória. Ele contou aos familiares de Micaela que estava saindo da Barra de São Miguel para deixá-la em casa, mas ela nunca não chegou. Na versão, ele contou ainda que tinha brigado com ela no percurso e a deixou no meio do caminho. Depois do desaparecimento, nós o procuramos para que fosse ouvido e esclaresse o caso até porque quando se tem alguém do seu convívio que some, você é o principal colaborador das autoridades. Mas não aconteceu isso. Não houve a procura por parte dele, houve uma evasão dele da Barra de São Miguel, desligou o telefone que usava e provavelmente cadastrou um novo chip depois do fato. Tínhamos uma história mal contada e todos os elementos fizeram com o que ele se tornasse um suspeito”, explicou.
As investigações continuam sob responsabilidade do 10º Segmento de Homicídios e Proteção à Pessoa. Mais detalhes sobre o caso seguem em sigilo para não atrapalhar as investigações.
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