A Câmara dos Deputados decidiu, na noite desta quarta-feira (10), suspender por seis meses o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), afastando temporariamente a possibilidade de cassação de seu mandato. Durante o período de punição, a cadeira será ocupada pela primeira suplente da chapa, a alagoana Heloísa Helena (Rede-RJ), que retorna ao Congresso mais de dez anos após seu último mandato eletivo.
O processo contra Braga teve origem em uma acusação de quebra de decoro parlamentar, motivada por uma briga envolvendo o deputado e um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) dentro do Congresso. Caso tivesse o mandato cassado, ele ficaria inelegível por oito meses. Nas redes sociais, Heloísa demonstrou apoio ao colega de bancada, chamando-o de “guerreiro” e afirmando que ele “deve permanecer no mandato”.
Heloísa Helena é enfermeira e professora, com trajetória ligada a movimentos sociais. Ela já atuou como senadora, deputada estadual por Alagoas e vice-prefeita de Maceió. Entre 1999 e 2003, dividiu a bancada do PT no Senado com a então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, antes de ser expulsa do partido por se opor à reforma da Previdência proposta pelo governo Lula.
Em 2004, Heloísa foi uma das fundadoras do Psol, tornando-se a primeira presidente da legenda, e em 2006 concorreu à Presidência da República, alcançando o terceiro lugar com 6,85% dos votos. Posteriormente, em 2013, deixou o Psol e filiou-se à Rede Sustentabilidade, mantendo sua atuação política em nível nacional.
Nas eleições de 2022, ela disputou uma vaga de deputada federal pelo Rio de Janeiro, recebeu 38.161 votos e ficou como primeira suplente da coligação Psol/Rede. Em 2024, concorreu a vereadora do Rio de Janeiro, mas não foi eleita, obtendo 11.971 votos e permanecendo como suplente.


