quinta-feira, julho 31, 2025
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Filho de Lula, Lulinha muda para Madri e só volta ao Brasil após 2026

Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como “Lulinha” e filho do presidente Lula, decidiu se mudar para Madri, na Espanha, onde ficará por dois anos. A mudança para a capital espanhola foi confirmada pela coluna, que apurou que ele só retornará ao Brasil após o término do atual mandato de seu pai. Madri, uma das maiores cidades da Europa, é também um importante centro econômico do continente, ocupando o segundo lugar em população, atrás apenas de Berlim.

Lulinha foi contratado por uma empresa para trabalhar presencialmente na cidade, e apesar de ser graduado em biologia, ele tem se destacado no setor de tecnologia, com empresas no ramo. Sua trajetória profissional, no entanto, não foi isenta de controvérsias.

Durante o primeiro governo de seu pai, entre 2003 e 2006, Lulinha foi envolvido em escândalos financeiros. Em 2003, logo após o início do governo Lula, ele passou de estagiário em um zoológico para empresário do ramo de jogos e entretenimento, um passo que o colocou no centro de investigações públicas.

O principal episódio controverso de sua carreira empresarial ocorreu em 2004, quando sua empresa, a Gamecorp, recebeu um aporte de R$ 5 milhões da Oi, uma empresa beneficiada pelo governo de seu pai. Esse investimento gerou uma série de investigações, incluindo uma denúncia do Ministério Público Federal em 2019, que acusou Lulinha e outros 10 envolvidos de receber vantagens indevidas entre 2004 e 2016.

Um dos contratos investigados foi o “Portal da Bíblia”, um projeto que recebeu R$ 27 milhões da Oi entre 2009 e 2013. Embora o caso tenha sido analisado pela Operação Lava Jato, todos os processos foram arquivados.

Quando questionado sobre sua mudança e seu trabalho em Madri, o Metrópoles entrou em contato com Lulinha por e-mail, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto para que ele possa se manifestar. Mesmo com a mudança para a Espanha, o nome de Lulinha segue associado a polêmicas envolvendo seu passado empresarial e o apoio do governo de seu pai.

Tour por ministérios em Brasília

Durante o atual mandato de seu pai, Fábio Luís Lula da Silva, o “Lulinha”, teve presença frequente em ministérios em Brasília, incluindo o Ministério da Educação. Em suas idas e vindas de São Paulo, Lulinha foi flagrado pegando caronas em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). O último desses voos foi noticiado pelo Metrópoles no final de 2024, com ele sendo acompanhado por alguns ministros do governo, como Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação).

Embora a prática tenha gerado especulações, não há irregularidades legais nas caronas de Lulinha, já que a legislação permite que os assentos vagos em voos oficiais sejam ocupados por qualquer pessoa, mesmo que ela não tenha um cargo público. Isso significa que, de acordo com as regras estabelecidas, o uso desses assentos não contraria nenhum procedimento formal.

O episódio levanta questões sobre a transparência e os limites do uso de recursos públicos, mas, por enquanto, não resultou em implicações legais para Lulinha. Seu nome segue sendo associado a polêmicas em torno de sua relação com o governo e suas atividades empresariais, mas, quanto às caronas, não foram apontadas irregularidades pela legislação vigente.

Imóvel de Lulinha em São Paulo era bancado por sócio

Por vários anos, Lulinha residiu em um apartamento de luxo nos Jardins, um dos bairros mais sofisticados de São Paulo. Em 2012, quando o aluguel do imóvel foi revelado, o valor mensal girava em torno de R$ 12 mil. O responsável pelo pagamento do aluguel era uma empresa ligada ao empresário Jonas Suassuna, que, na época, era sócio de Lulinha na Gamecorp, empresa voltada para conteúdo eletrônico.

O endereço em questão, situado em São Paulo, serviu como sede para várias das empresas de Lulinha, incluindo a mais recente delas, a LLF Tech Participações LTDA, criada em 2022. A empresa tem uma gama diversificada de atividades, como vendas online, assistência técnica em informática e publicidade, consolidando ainda mais a presença do filho do presidente no setor tecnológico.

Em meio a esse cenário, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) se pronunciou recentemente sobre a continuidade de um processo de cobrança de dívidas tributárias das empresas de Lulinha, que somam mais de R$ 10 milhões. Esse valor resulta de investigações da Operação Lava Jato, que trouxeram à tona questões relacionadas a supostos débitos fiscais não pagos ao longo dos anos.

Fonte: Política Alagoana

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