Parlamentares da base aliada do governo apresentaram uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após os tumultos registrados durante sessão plenária na noite de terça-feira (9). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, irá analisar o caso para definir os próximos passos.
A representação cita os crimes de lesão corporal, violência política de gênero e abuso de autoridade, relacionados à retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da cadeira da presidência da Câmara. Segundo a denúncia, a ação da polícia legislativa teria sido ordenada diretamente pela presidência da Casa, acusação que Hugo Motta nega.
Durante o ocorrido, jornalistas foram agredidos e retirados do plenário, e a transmissão da TV Câmara foi suspensa.
As únicas imagens disponíveis do episódio são registros feitos por deputados presentes no local, já que a imprensa foi impedida de acompanhar e documentar o ocorrido.
A representação protocolada por parlamentares do PSOL, PT e PDT também menciona cerceamento à liberdade de imprensa, considerando que jornalistas foram violentamente expulsos do plenário e a transmissão oficial foi interrompida em um momento crucial da sessão.
Com base na representação, Paulo Gonet deverá avaliar se existem elementos suficientes para solicitar uma investigação formal ou pedir esclarecimentos à presidência da Câmara dos Deputados sobre as circunstâncias do incidente.


