O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) incluiu na pauta desta terça-feira (4) o julgamento do pedido de criação do partido “Missão”, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL). A análise é decisiva para que a nova legenda possa participar das próximas eleições, uma vez que o registro oficial de seu estatuto precisa ser aprovado até seis meses antes do pleito.
Com o registro validado, o partido passará a ter direito ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão. A legenda, segundo seus idealizadores, tem entre suas principais bandeiras o fim dos privilégios do funcionalismo público, o endurecimento das leis penais, a industrialização do Nordeste e a guerra contra o tráfico de drogas.
Entre os nomes à frente do projeto, o fundador do MBL, Renan Santos, desponta como possível candidato à Presidência da República. De acordo com a pesquisa mais recente do Real Time Big Data, ele aparece com 2% das intenções de voto, consolidando-se como uma alternativa liberal no cenário político nacional.
Para viabilizar o registro, o partido reuniu quase 590 mil assinaturas, ultrapassando o número mínimo exigido pela legislação eleitoral — o equivalente a 0,5% dos votos válidos registrados na última eleição para a Câmara dos Deputados (aproximadamente 547 mil assinaturas). Além disso, o grupo cumpriu exigências legais como a elaboração do estatuto e programa partidário, a obtenção da personalidade jurídica e o registro no Cartório de Registro Civil de Brasília.
Atualmente, o Brasil conta com 29 partidos oficialmente registrados e 24 em processo de formação. Caso o “Missão” receba o aval do TSE, passará a integrar o cenário político nacional como mais uma força emergente, buscando consolidar a atuação do MBL dentro das estruturas formais da política.


