Uma nova captação de órgãos foi realizada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, nesta segunda-feira (20). Dessa vez, uma mulher de 75 anos foi diagnosticada com morte encefálica após sofrer Acidente Vascular Cerebral (AVC). Com a autorização da família, os dois rins dela puderam ser ofertados para o transplante. Duas pessoas deixaram a lista de espera.
“A ação mobilizou dezenas de profissionais de saúde, que atuaram com sensibilidade, técnica e comprometimento durante este gesto de amor e solidariedade. Os rins quando deixam de funcionar adequadamente, o paciente pode desenvolver insuficiência renal, uma condição que, em casos graves, só pode ser tratada com diálise ou com o transplante de rim”, explicou o coordenador médico da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Lucas Santana.
Em Alagoas, a doação e o transplante de órgãos são tratados com a seriedade e o compromisso que o tema exige. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), tem fortalecido as ações da Central de Transplantes e investido em capacitação de profissionais, estrutura hospitalar e campanhas de conscientização. A OPO no HGE é um elo essencial nesse processo, garantindo que cada potencial doador seja avaliado com respeito e que cada captação siga rigorosamente os protocolos de segurança e ética médica.
“O transplante devolve qualidade de vida, autonomia e esperança a quem enfrenta longas jornadas de tratamento. Por isso, cada doação representa uma nova chance de viver. Em Alagoas, estamos com mais de 600 pessoas à espera pelo transplante, dos quais 566 aguardam por uma córnea, 31 por um rim, cinco por um fígado e quatro por um coração. São vidas que fazem parte de outras vidas e todas elas importam”, declarou a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.
TRANSPLANTES REALIZADOS
A corrente é pela vida e feita com empatia e informação. No Brasil, a doação acontece com a autorização da família, por isso é fundamental comunicar aos familiares esse desejo em vida. Este ano, de janeiro a setembro, já foram realizados 119 transplantes, sendo 79 de córneas, 20 de rim, 15 de fígado e cinco de coração. Um número que pode melhorar, mas depende da generosidade de quem, mesmo no momento da dor, escolhe salvar outras vidas.
“Cada captação de órgãos representa muito mais do que um ato médico, é um gesto de humanidade. É a transformação da dor em esperança. No HGE, temos um compromisso permanente com essa causa, atuando com ética, respeito e amor ao próximo. Nossa equipe trabalha com coração para garantir que cada doação aconteça dentro dos padrões de segurança e sensibilidade”, salientou o diretor médico do HGE, Miquéias Damaceno.