Sem maiores comemorações, o senador Renan Calheiros (MDB/AL) completou ontem, 16 de setembro, 70 anos de idade.
Forjado para a política no movimento estudantil, fazendo oposição ao regime militar, foi eleito em 1977 para presidir o Diretório Acadêmico da Área III da Ufal como aluno de Direito da instituição e de lá iniciou uma carreira que começou no ano seguinte, como deputado estadual.
Desde então, só ficou sem mandato ao perder a eleição para governador de Alagoas, em 1990, para Geraldo Bulhões, quando era deputado federal – dois anos antes, em 1988, perdeu para Guilherme Palmeira a disputa pela Prefeitura de Maceió, mas preservou então seu mandato na Câmara.
Foram suas duas únicas derrotas ao longo quase 50 anos de vida pública.
Nessa sua trajetória, já passou pela Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e, desde 1o de janeiro de 1995, está no Senado Federal, onde exerce seu quarto mandato consecutivo.
No próximo ano Renan Calheiros vai encarar, certamente, o seu maior desafio, quando tentará ser eleito pela quinta vez seguida para o mandato de senador, já aos 71 anos.
E entrará no páreo como favorito para obter uma das duas vagas que estarão em disputa ao Senado, embora nas duas últimas reeleições que conseguiu não tenha sido o mais votado – foi o segundo colocado quando concorreu com Benedito de Lira e também quando, em 2018, teve como adversário o hoje vice-prefeito de Maceió, Rodrigo Cunha.
Por toda a sua experiência, Renan está ciente de que tem pela frente, em 2026, a última e mais importante eleição da sua vida e, portanto, para ele é um jogo de tudo ou nada – perder significará o fim da sua carreira política.
Fonte – Flávio Gomes de Barros