Roberto Portela, 61 anos, foi encontrado morto em São Migual dos Campos | Foto: Reprodução
Polícia trabalha agora com duas linhas de investigação
O suspeito de ter matado o empresário e professor Roberto Portela, em São Miguel dos Campos, no dia de ontem (3), foi interrogado por policiais da Divisão de Homicídios da 6ª Delegacia Regional (6ª DRP) e negou o crime. Contudo, ele afirma ter tido um relacionamento homoafetivo com a vítima.
As informações foram confirmadas pelo delegado Flávio Dutra, à TVPajuçara, quando ele detalhou que este homem de 31 anos, que não teve a identidade divulgada, mudou a versão dos fatos diversas vezes. Inicialmente ele tinha negado conhecer a vítima, depois negado ter ido ao local do crime e por fim afirmou ter apenas passado pela rua e cumprimentado Portela.
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Em seguida, quando confrontado com imagens de câmeras de monitoramento que mostravam ele entrando no local e após cerca de dez minutos saindo, ele admitiu ter tido uma relação sexual com a vítima e depois confirmou que os encontros eram frequentes, mas ainda assim ele seguiu negando a autoria do crime.

Delegado Flávio Dutra
Linhas de investigação
O delegado explicou que, conforme elementos encontrados na cena do crime, como o fato de não ter havido aparente arrombamento em nenhuma entrada do imóvel e de um funcionário ter confirmado que gavetas onde o empresário guardava objetos de valor foram esvaziadas, a polícia não descarta a hipótese de crime patrimonial.
Contudo, a teoria de crime passional, devido à declaração de envolvimento entre vítima e suspeita, também está sendo trabalhada.
Frase misteriosa
A respeito da frase encontrada em um armário no local do crime que dizia: “Estuprador. Ele abusou de mim.”, o delegado afirmou também ter confrontado o acusado, que negou tê-la escrito.

Mensagem encontrada no local do crime
Dutra explicou ainda que a Polícia Científica coletou material para esclarecer se os escritos foram feitos com sangue ou outra substância, e aguarda laudo pericial.
O investigador considera a hipótese de que a frase tenha sido feita com o objetivo de desviar a atenção da equipe policial, levando-a para um caminho distante da verdade dos fatos.
Próximos passos
Agora a equipe buscará novas câmeras na região e continuará ouvindo testemunhas ligadas à vítima. Ao final desta fase, os encaminhamentos serão levados ao Judiciário.