sexta-feira, outubro 17, 2025
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San Marino pode ir à Copa após perder todas nas Eliminatórias

San Marino pode ir à Copa após perder todas nas Eliminatórias | Foto: CNN Brasil

San Marino, o pequeno país encravado no norte da Itália, pode conseguir algo que parece impossível: se classificar para a Copa do Mundo mesmo perdendo todas as partidas das Eliminatórias. A equipe ocupa o último lugar do ranking da Fifa e perdeu os sete jogos que disputou até agora, com 32 gols sofridos e apenas…

San Marino, o pequeno país encravado no norte da Itália, pode conseguir algo que parece impossível: se classificar para a Copa do Mundo mesmo perdendo todas as partidas das Eliminatórias.

A equipe ocupa o último lugar do ranking da Fifa e perdeu os sete jogos que disputou até agora, com 32 gols sofridos e apenas um marcado. Ainda assim, um cenário improvável mantém viva uma mínima esperança de vaga.

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COMO FUNCIONAM AS ELIMINATÓRIAS

Para entender o motivo, é preciso olhar para a forma como a Uefa distribui as últimas vagas europeias. Doze seleções vão à Copa de 2026 diretamente como campeãs de grupo, enquanto outras quatro serão definidas por meio de uma repescagem.

Essa repescagem contará com 16 times: os segundos colocados das Eliminatórias e quatro seleções vindas da Nations League, torneio criado pela Uefa em 2018 para substituir os amistosos e equilibrar confrontos entre países de níveis semelhantes.

A SITUAÇÃO DE SAN MARINO

San Marino foi uma das surpresas da última Nations League. Venceu duas vezes Liechtenstein e empatou com Gibraltar, terminando como líder do seu grupo na divisão D, a mais baixa do torneio. Com isso, entrou na lista de possíveis “herdeiros” de uma vaga extra na repescagem.

O problema é que o regulamento favorece os países que também se saem bem nas Eliminatórias. Apenas os quatro campeões de grupo da Nations League que não ficarem entre os dois primeiros em seus grupos de qualificação ganham o direito de disputar a repescagem. Hoje, San Marino ocupa a 14ª posição entre esses campeões e depende de uma série de resultados improváveis.

Se as principais seleções europeias, como Portugal, França, Alemanha, Espanha e Inglaterra, confirmarem suas vagas diretas, isso abriria espaço para San Marino na lista de classificados via Nations League.

É nesse ponto que entra o paradoxo. O próximo adversário do time é a Romênia, que está em terceiro lugar no grupo, atrás de Bósnia e Áustria. A Romênia também foi campeã de grupo na Nations League, o que significa que, se terminar entre as duas primeiras colocadas nas Eliminatórias, “libera” uma vaga de repescagem que pode acabar sobrando justamente para San Marino.

Por isso, a matemática maluca do futebol europeu criou uma situação em que o país mais fraco do continente teria mais chances de chegar à repescagem se perder (e de preferência por muitos gols) para a Romênia. Se a seleção romena ultrapassar a Bósnia e ficar em segundo lugar, San Marino poderia se beneficiar indiretamente.

Há outros fatores em jogo. San Marino também precisa torcer para que seleções como Suécia, Irlanda do Norte, República Tcheca e Romênia terminem entre as duas primeiras de seus grupos. Se duas ou mais delas falharem, o sonho do país mais antigo da Europa desaparece de vez.

UM SONHO QUASE IMPOSSÍVEL

Mesmo que o milagre aconteça, o caminho seria cruel. San Marino entraria na repescagem como o time de menor ranking, obrigado a enfrentar fora de casa uma potência europeia logo na semifinal do mata-mata. Na prática, seria um prêmio simbólico mais do que uma chance real de ir à Copa.

Desde que começou a disputar torneios oficiais, em 1990, San Marino venceu apenas três jogos — todos contra Liechtenstein — e jamais triunfou em uma Eliminatória. Ainda assim, o simples fato de estar, mesmo que matematicamente, na briga por uma vaga mundial já é motivo de curiosidade e orgulho para os torcedores do pequeno país de 34 mil habitantes.

No futebol, a lógica quase sempre prevalece. Mas, se há um lugar onde o impossível ainda parece ter espaço, ele se chama San Marino.



Fonte: Alagoas 24 Horas

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