Viktor Orbán, líder da Hungria e figura emblemática da direita conservadora, usou sua conta no X nessa segunda-feira (21) para manifestar solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conhecido por suas posições alinhadas à extrema direita, Orbán reforçou publicamente sua conexão política com Bolsonaro, demonstrando apoio em um momento delicado para o brasileiro.
“Continue lutando, Jair Bolsonaro! Ordens de silêncio, proibições de redes sociais e julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça. Você pode colocar uma tornozeleira eletrônica em um homem, mas não na vontade de uma nação”, disse Orbán na publicação.
Logo após ter o passaporte retido na Operação Tempus Veritatis, que investigava uma suposta trama golpista, Bolsonaro passou dois dias na embaixada da Hungria em Brasília, durante o Carnaval de fevereiro de 2024.
Passagem na embaixada
Após a Polícia Federal deflagrar, em 8 de fevereiro de 2024, a Operação Tempus Veritatis para investigar uma organização criminosa envolvida em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, Jair Bolsonaro passou dois dias na Embaixada da Hungria em Brasília (DF). Na ocasião, o ex-presidente teve seu passaporte retido. A informação sobre sua estadia na embaixada foi divulgada pelo jornal norte-americano The New York Times. Entre os alvos da operação, estavam também pessoas próximas a Bolsonaro.
Quatro dias após a operação da Polícia Federal, câmeras de segurança registraram a chegada de Bolsonaro à embaixada, onde ele não poderia ser detido mesmo que houvesse um mandado de prisão contra ele. Na ocasião da operação, o passaporte do ex-presidente foi confiscado pela PF.
No dia 12 de fevereiro, uma segunda-feira, o ex-presidente chegou à embaixada, onde permaneceu até a quarta-feira seguinte, 14 de fevereiro. O jornal norte-americano também utilizou imagens de satélite que confirmam a presença do carro de Bolsonaro no local, além das gravações das câmeras de segurança.