Durante reunião com o colégio de líderes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que não levará a votação o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, ainda que receba a assinatura dos 81 senadores. A declaração ocorre em meio à pressão da oposição, que manteve ocupação no plenário até esta quinta-feira (7) para exigir o afastamento do magistrado.
A declaração foi feita por Alcolumbre na tarde de quarta-feira (6), durante encontro com líderes partidários na residência oficial do Senado, enquanto oposicionistas ainda recolhiam assinaturas para o pedido.
No diálogo, o presidente da Casa ressaltou que a decisão de colocar em votação um processo de impeachment contra ministros do STF cabe exclusivamente a ele e, dirigindo-se ao senador Eduardo Girão (Novo-CE), reafirmou de forma categórica que não levaria o requerimento ao plenário.
De acordo com o Metrópoles, o presidente do Senado afirmou que “não se trata de uma questão numérica”, mas, de uma avaliação jurídica. Em seguida, sinalizou à oposição que eventuais novos pedidos seriam analisados com critério e responsabilidade.
Parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciaram ter reunido 41 assinaturas em apoio ao pedido de afastamento de Alexandre de Moraes, nessa quinta-feira (7). A notícia não alterou a postura de Davi Alcolumbre.
Integrantes da oposição chegaram a sugerir que ele telefonasse para o senador Magno Malta (PL-ES), que permanecia acorrentado à mesa do plenário, mas o presidente do Senado recusou. Nos bastidores, reforçou que qualquer parlamentar que insistisse em permanecer no local seria retirado pela polícia.