Até o momento três pessoas foram intimadas e ouvidas; laudo do Instituto de Criminalística é aguardado para prosseguimento da situaçaõ
A Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira, 17, que continua apurando as circunstâncias do acidente que matou Jackson Santos da Cunha, 46 anos, na última terça-feira (11) em um canteiro de obras na AL-101 Norte, no bairro de Riacho Doce, em Maceió.
Em entrevista à TVPajuçara, o chefe de operações da Polícia Civil Carlos Vieira, confirmou que as primeiras pessoas já foram ouvidas e que aguarda o laudo do Instituto de Criminalística para poder decidir o rumo que o inquérito seguirá. O investigador não confirmou o prazo em que a avaliação deve ficar pronta.
“Nós iniciamos, assim que tomamos conhecimento do fato, a diligenciar. A pedido do delegado Carlos Reis, fomos in loco, fazer essa verificação. Conseguimos intimar três pessoas, funcionários da empresa, para poder tomar conhecimento de como foi a dinêmica do acidente”, explicou.
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“Até agora nós conversamos com engenheiro e funcionários e a partir daí vamos avaliar o que foi dito em depoimento para ver quem podemos chamar para poder começar a entender o que aconteceu”, completou.
Lembre o caso
Na manhã do dia 11 de Março, por volta das 9h30, um caminhão-pipa capotou no canteiro de obras da duplicação da rodovia AL-101 Norte, no bairro do Riacho Doce.
Relatos iniciais dão conta que o trabalhador conduzia o veículo por uma estrada quando o veículo perdeu força e tombou. Ele teria tentado pular do veículo, mas não conseguiu se desprender do cinto de segurança a tempo. Contudo, apenas o laudo oficial da perícia poderá determinar a dinâmica do acidente.
O Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) enviou três viaturas e nove militares para atender a ocorrência. A aeronave Falcão 05 também participou da operação de resgate. Quando as equipes chegaram ao local, encontraram o motorista já sem vida, preso na cabine do caminhão.
A vítima era natural de Sergipe e estaria trabalhando em Alagoas há quatro meses. Ele deixa dois filhos e a esposa gestante.
Na tarde do mesmo dia o Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT/AL) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da superintendência em Alagoas, informaram que vão apurar as circunstâncias do sinistro.
Outros funcionários denunciaram péssimas condições de trabalho por parte da empresa terceirizada que integra o consórcio responsável pela execução da obra e se negaram a voltar ao trabalho.
De acordo com o superintendente regional Cícero Filho, a auditoria fiscal do MTE irá realizar uma fiscalização no local do acidente para ouvir os trabalhadores e solicitar a documentação necessária à empresa responsável pela obra. A partir dessa análise, será elaborado um relatório que identificará as possíveis causas do acidente e as possíveis penalidades para a construtora.
Se as irregularidades forem identificadas, a obra poderá ser interditada ou embargada, mas ainda não há prazo para a conclusão do relatório.