quarta-feira, julho 30, 2025
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Para 62%, Bolsonaro deve abrir mão de candidatura e apoiar outro nome, diz Quaest

A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (17), revela que 62% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro (PL) deveria desistir da candidatura à Presidência em 2026 e apoiar outro nome da direita. Mesmo inelegível, o ex-presidente segue sendo uma figura central no campo conservador.

Em comparação com a pesquisa anterior, feita em maio, houve uma leve oscilação. Naquele levantamento, 65% defendiam que Bolsonaro abrisse mão da candidatura. Já a parcela dos que preferem que ele mantenha sua intenção de concorrer, mesmo impedido legalmente, subiu de 26% para 28%. O grupo que não soube ou preferiu não opinar também variou, passando de 9% para 10%.

O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 14 de julho de 2025, com entrevistas presenciais em todas as regiões do Brasil. Ao todo, foram ouvidos 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.

Sucessão na direita

Apesar de estar fora da disputa presidencial por conta de sua inelegibilidade, Jair Bolsonaro continua sendo um dos principais nomes da direita brasileira. Sua influência ainda é percebida de forma significativa no campo conservador, mesmo sem a possibilidade legal de concorrer em 2026.

Quando questionados sobre quem deveria representar a direita caso Bolsonaro permaneça impedido, os entrevistados apontaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como principal alternativa. Ele lidera as menções espontâneas com 15%, embora tenha registrado uma queda em relação à pesquisa de maio, quando aparecia com 17%.

Se Bolsonaro não for candidato em 2026, quem deveria ser o candidato da direita?

Michelle Bolsonaro (PL), ex-primeira-dama, ocupa a segunda posição entre os nomes mais citados da direita para a disputa presidencial, com 13% das menções. O percentual representa uma queda em relação à pesquisa anterior, realizada em maio, quando ela registrava 16%. Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, também recuou, passando de 11% para 9%.

Em contrapartida, dois nomes ganharam força desde o último levantamento. Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal e filho do ex-presidente, cresceu de 4% para 8%. Já Pablo Marçal (PRTB), empresário e influenciador, também subiu, passando de 7% para os mesmos 8% de intenção de voto.

Outros nomes mantiveram estabilidade ou apresentaram leve queda. Eduardo Leite (PSD) permaneceu com 4%, enquanto Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) aparecem com 3% cada, ambos registrando variações negativas. Além disso, aumentou o percentual de entrevistados que rejeitam todos os nomes apresentados: passou de 16% para 19%.

Rejeição a Lula e Bolsonaro

A pesquisa também investigou a percepção da população sobre uma possível reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Para 58% dos entrevistados, o petista não deveria disputar um novo mandato. Embora ainda seja a maioria, esse índice recuou em relação ao levantamento de maio, quando 66% se opunham à reeleição.

Em contrapartida, o apoio à continuidade de Lula cresceu nos últimos meses. O percentual dos que defendem uma nova candidatura subiu de 32% para 38%. Entre os que rejeitam a ideia de reeleição, o principal motivo apontado é o medo de que o presidente permaneça no cargo, citado por 41% dos entrevistados.

No campo oposto, a possibilidade de retorno de Jair Bolsonaro à Presidência é o maior receio para 44% dos ouvidos pela pesquisa. Além disso, 7% afirmaram temer tanto a reeleição de Lula quanto a volta do ex-presidente, revelando um sentimento de polarização e desconfiança entre os dois principais polos políticos do país.

Fonte: Política Alagoana

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