Os movimentos mais recentes do cenário nacional adicionaram um novo elemento de pressão sobre a formação da oposição em Alagoas. Enquanto o grupo do governo tem a vantagem de contar com o presidente Lula — favorito à reeleição segundo as principais pesquisas — em seu palanque, o bloco formado por JHC, Arthur Lira, Davi Davino Filho e Alfredo Gaspar se vê diante de um dilema complexo: qual candidato à Presidência apoiar em 2026?
No União Brasil, federado ao PP de Arthur Lira, o nome colocado na mesa para é o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, já tratado internamente como pré-candidato a presidente. Paralelamente, o Republicanos, que compõe integra o bloco do prefeito JHC, trabalha para viabilizar a pré-candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao Palácio do Planalto.
Se já estava complicado, agora ficou pior com senador Flávio Bolsonaro sendo escolhido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, como pré-candidato do PL à Presidência. O anúncio coloca pressão direta sobre lideranças alagoanas filiadas ao partido, especialmente o prefeito JHC.
Se permanecer no PL (e ele já disse que fica), JHC terá de montar palanque em Alagoas para Flávio Bolsonaro ou para o nome que o partido vier a oficializar. Se não quiser apoiar o candidato a presidente, a troca de partido volta a ser uma opção. A indefinição também pressiona Arthur Lira, que poderá ser levado a optar entre o candidato de seu partido, caso o PP confirme Ronaldo Caiado, ou um nome do campo bolsonarista.
Além de não ter definido seu candidato ao governo ou de ter chegado a um consenso para o Senado, a oposição agora enfrenta um desafio adicional: a falta de um palanque presidencial unificado. Essa divisão cria dificuldades práticas para montagem das chapas majoritárias e pode complicar ainda mais a relação de JHC e Lira.
Fonte: Blog de Edivaldo Junior


