No mês que é celebrado o mês da Consciência Negra no dia 20 de novembro, o vereador Allan Pierre (MDB) reforçou na sessão ordinária da Câmara de Maceió a necessidade de manter firme a luta pela igualdade racial. Ele iniciou lembrando a trajetória do alagoano Zumbi dos Palmares, líder nacional da resistência do povo negro, destacando que a história do Brasil e de Alagoas foi construída ao longo dos anos, também sob a força e a capacidade das pessoas negras.
O parlamentar afirmou que é cada vez mais necessário que os poderes se unam para apoiar e estabelecer políticas públicas eficazes que diminuam os índices de violências contra as pessoas negras em Alagoas e no Brasil. “O Atlas da violência em 2025 trouxe números alarmantes em relação à quantidade de negros assassinados em Alagoas. 98% dos homicídios registrados no estado em 2023 são de pessoas negras. Isso mostra que a Consciência Negra precisa estar viva nas lutas dentro do legislativo, na luta pela sociedade, na luta dentro do executivo com mais orçamento público e mais garantias para as pessoas negras”.
Allan Pierre destacou as políticas públicas na área da educação que o Governo de Alagoas tem executado para as pessoas negras. Ele trouxe a informação que os alunos negros da rede estadual de ensino têm média de aprendizagem em matemática superior a estudantes brancos. “Os últimos indicadores registram que a população negra tem ocupado mais espaços em diversos segmentos, a exemplo da economia, da cultura e do ensino superior. Um exemplo disso é a gestão da Uncisal, que é atualmente é administrada pela reitora Pollyana Almeida, uma mulher negra”.
Durante o pronunciamento no plenário, o vereador lembrou dos avanços nas políticas inclusivas de igualdade racial, como Implementação de cotas para o ingresso em universidades e concursos públicos, além de políticas para incentivar a inclusão no mercado de trabalho; Programas como o Bolsa Quilombola, que oferece auxílio financeiro a estudantes quilombolas e indígenas em situação de vulnerabilidade. A criação de marcos jurídicos, como o Estatuto da Igualdade Racial, que reconhece a população negra como sujeito de direitos específicos.
Estratégias que priorizam a saúde da mulher negra, a redução da mortalidade materna, infantil e fetal, e a saúde sexual e mental, levando em conta a diversidade racial. Combate à discriminação: Iniciativas para combater a discriminação no acesso a serviços de saúde. Programas específicos: Programas voltados para condições de saúde específicas, como a doença falciforme.
Apoio a manifestações culturais afro-brasileiras e de matriz africana, com iniciativas voltadas para a memória, tolerância religiosa e cidadania. Desenvolvimento de comunidades: Políticas para o desenvolvimento de comunidades tradicionais e quilombolas, como a titulação de terras. Conscientização e combate ao racismo: Campanhas de conscientização e sensibilização para combater estereótipos e promover a reflexão crítica sobre a questão racial.
Ações transversal: Ações em diversas áreas do governo, como agricultura, trabalho e orçamento, para corrigir injustiças históricas e enfrentar desigualdades. Combate à violência: Programas para combater a violência, com atenção especial à juventude negra.


