Durante a sessão plenária da última terça-feira (15), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), envolveu-se em uma acalorada discussão com o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), vice-líder da minoria, no momento da votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. A controvérsia começou quando Jordy questionou a retirada de um destaque, alegando que tal ação teria sido feita sem a autorização da liderança do PL.
De acordo com Jordy, o destaque retirado era importante para o partido e não havia recebido a aprovação formal do líder da legenda, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Ele solicitou esclarecimentos à Mesa Diretora, porém foi interrompido por Hugo Motta, que garantiu que a retirada havia sido solicitada justamente pelo líder partidário.
O presidente da Câmara rebateu as acusações afirmando que “a secretaria-geral da mesa não retiraria um destaque sem autorização do líder” e sugeriu que Jordy confirmasse diretamente com o líder do PL. Motta ressaltou a honestidade dos servidores da Casa, afirmando que “nesta mesa tem pessoas de bem que jamais tirariam um destaque sem autorização do líder”.
Durante o embate, Jordy afirmou que, caso a situação não fosse corrigida, o PL e a minoria poderiam votar contra a proposta. Motta, por sua vez, rejeitou veementemente qualquer tipo de ameaça. “Não funciona na base da ameaça. O senhor orienta como quiser. Eu não admito isso de ‘se fizer isso, eu faço isso’”, declarou.
Ao final da discussão, o presidente da Câmara informou que o prazo para apresentação de novos destaques já havia se encerrado e prosseguiu com a votação da PEC, que foi aprovada em segundo turno. A proposta seguirá agora para análise no Senado Federal.