O time de advogados do atacante Kylian Mbappé anunciou nesta quinta-feira (10) que foi “ao ataque” na Justiça francesa para tentar resolver de vez a disputa de bastidores entre o jogador e o PSG, seu ex-clube. O hoje atleta do Real Madrid argumenta que o Paris lhe deve 55 milhões de euros (R$ 363,65 milhões)…
O time de advogados do atacante Kylian Mbappé anunciou nesta quinta-feira (10) que foi “ao ataque” na Justiça francesa para tentar resolver de vez a disputa de bastidores entre o jogador e o PSG, seu ex-clube.
O hoje atleta do Real Madrid argumenta que o Paris lhe deve 55 milhões de euros (R$ 363,65 milhões) em salários não pagos. Seu estafe, então, entrou com um processo contra a equipe da Ligue 1, conseguindo nesta quinta um bloqueio preventivo de verbas pela via legal.
De acordo com Thomas Clay, um dos advogados de Mbappé, o centroavante recebeu autorização para realizar o bloqueio, “congelado” o dinheiro das contas bancárias do PSG. Agora, uma nova audiência sobre o caso foi marcada para 26 de maio para dar sequência ao tema.
“Esse caso já está ocorrendo há um ano, e nós [estafe] colocamos o prazo de um ano para tentar resolver essa disputa da forma mais pacífica possível”, disse a principal advogada do atacante, Delphine Verheyden.
“Conforme os meses foram passando, Kylian Mbappé seguiu sem receber seus 55 milhões de euros. Então, tomamos a decisão de ir para o ataque”, completou.
Delphine ainda disse que iria pedir ao ministro do Esporte da França para intervir na decisão do Comitê de Apelação da FFF (Federação Francesa de Futebol), que afirmou que o caso entre Mbappé e Paris Saint-Germain não poderia ser julgado pela entidade.
Por fim, a advogada ainda disse que acionará a Uefa (União das Federações Europeias de Futebol) para analisar o caso.
De acordo com a profissional, o PSG não está cumprindo com suas obrigações salariais, e, se o clube for responsabilizado pela entidade, pode perder sua licença, sendo excluído da disputa da próxima edição da Uefa Champions League.
Em nota oficial carregada de ironia, o Paris salientou que ainda vai tentar buscar uma “solução amigável” para o caso”, apesar de “repetidas mostras de má-fé” por parte de Mbappé, além da “total recusa em realizar uma audiência de conciliação”.
“Depois de ser informado sobre mais uma história fantástica vinda de um universo paralelo nesta quinta-feira, o PSG continua sem entender por que Kylian Mbappé não levou esse caso à Justiça do Trabalho, que é o único órgão competente para resolver a disputa entre ele e seu ex-clube”, escreveu.
“Tudo o que foi anunciado pelos advogados de Kylian Mbappé serve apenas para adiar a resolução dessa disputa por parte da Justiça do Trabalho, perante à qual o PSG está pronto para apresentar todos os fatos, evidências e testemunhos que comprovam a existência de um acordo entre as partes”, completou.
O PSG argumenta que, quando Mbappé foi afastado do elenco antes da temporada 2023/24, após anunciar sua decisão de não renovar o contrato, houve um acordo verbal com o atleta, no qual ele abriu mão de diversos bônus para ser reintegrado ao plantel.
Os advogados do craque, por sua vez, disseram também nesta quinta que vão iniciar outro processo contra o Paris por assédio, afirmando que ele foi “maltratado” durante o final de sua passagem pelo clube.
Ainda será iniciada uma outra ação, esta também envolvendo a mãe de Mbappé, no qual ambos reclamam das ofensas e ameaças que receberam pelas redes sociais no processo de saída do astro do PSG para o Real Madrid.