O deputado federal Marx Beltrão (PP) defendeu com veemência a aprovação urgente do PL Antifacção. Para o parlamentar, o Brasil vive um momento crítico, em que facções criminosas atuam com poder financeiro, territorial e bélico — muitas vezes mais expressivo que o próprio Estado e, até mesmo, com ligações políticas. “O Brasil não pode mais conviver com quadrilhas que mandam mais que o próprio poder público em algumas regiões. O combate ao crime organizado deve ser total, contundente e permanente. Precisamos dar ao Estado as ferramentas necessárias para sufocar a estrutura financeira, operacional e violenta dessas facções”, afirmou Beltrão.
O PL Antifacção representa um passo decisivo na resposta institucional ao crime organizado. O projeto endurece as leis existentes, cria tipos penais específicos contra organizações criminosas violentas e aproxima o Brasil de um padrão legal mais moderno e eficaz. A adoção dessas normas envia uma mensagem clara de que quem escolher o crime pagará um preço alto — e que o Estado não tolerará impunidade.
Além disso, o PL estabelece mecanismos robustos de sufocamento econômico das organizações: permite a identificação, bloqueio e apreensão de bens, imóveis, veículos, contas e empresas ligadas a facções criminosas. Isso atinge diretamente a base financeira que sustenta o crime, dificultando o financiamento de ações ilícitas e o poder de articulação dessas quadrilhas. Com menos dinheiro e menos estrutura, suas ações se tornam mais difíceis — e seu alcance, enfraquecido. “Sem dinheiro, sem arma, sem logística, o crime organizado desmorona. O PL Antifacção vai na raiz do problema: desmonta a estrutura que sustenta essas facções”, destacou Beltrão.
Outro avanço importante é a modernização das ferramentas de investigação e inteligência. O projeto prevê a criação de bancos de dados nacionais e estaduais com informações sobre lideranças criminosas, histórico de investigações, rotas, bens e atuação das facções. Essa integração amplia a capacidade de cooperação entre forças estaduais e federais, permitindo ações mais coordenadas e eficientes contra o crime organizado. “Sem informação, não há combate eficiente. Esse projeto moderniza o enfrentamento e traz o Brasil para o século XXI no que diz respeito ao uso de inteligência”, afirma o deputado.
A proposta também corrige uma lacuna grave: possibilita responsabilizar de maneira efetiva chefes e articuladores das facções, mesmo aqueles que, muitas vezes, não colocam as mãos no crime diretamente — mas comandam, financiam e organizam as operações de dentro e fora dos presídios. Assim, o foco não recai somente sobre os executores, mas sobre toda a hierarquia criminosa, desestruturando seu comando e sua capacidade de operação. “Chefe de facção não pode continuar comandando o crime como ‘empreendedor do mal’. Com o PL, quem lidera, financia ou organiza será atingido com força máxima”, reforçou Beltrão.
Marx Beltrão lembra que o país não suporta mais meias-medidas. O crime organizado avança não apenas nas grandes capitais, mas também em municípios menores, onde a presença do Estado é mais frágil e a vulnerabilidade social maior. “Temos que recuperar cada rua, cada comunidade, cada município onde o crime tenta impor medo. O Congresso não pode tremer diante dessas organizações. Precisamos aprovar o PL Antifacção e mostrar que o Brasil não se ajoelha para bandido”, concluiu o deputado.
Ainda de acordo com o parlamentar, “com a aprovação do PL, o Brasil dará um passo concreto para recuperar sua soberania sobre territórios, garantir maior segurança para a sociedade e devolver ao Estado o protagonismo no combate a quem insiste em viver da criminalidade. É uma declaração de que o país não aceita mais facções dominando vidas — e que está disposto a responder com a força da lei”, finalizou Marx.


