O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na manhã desta quarta-feira (29) com ministros no Palácio da Alvorada, um dia após a megaoperação policial que deixou dezenas de mortos no Rio de Janeiro. O encontro teve como objetivo discutir medidas de segurança pública diante da crise instaurada na cidade.
Entre os participantes estavam o vice-presidente Geraldo Alckmin, além dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), José Múcio Monteiro (Defesa), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Comunicação Social), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania). Também compareceram o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o ex-deputado federal pelo RJ, Marcelo Freixo (PT-RJ), atualmente presidente da Embratur.
A reunião ocorre após os auxiliares do presidente já terem discutido a situação na terça-feira (28/10), quando a Polícia Civil realizou uma operação de grande escala. Conforme dados oficiais, a ação resultou em 64 mortos e 81 presos, mas os números podem ser ainda maiores.
Na manhã desta quarta-feira, moradores da região empilharam 60 corpos na Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais vias do Rio de Janeiro. Ainda não está confirmado se todos esses mortos estão incluídos na contagem oficial da operação.
Com a possibilidade de o número total de vítimas ultrapassar 100, o governo federal busca avaliar a situação e planejar medidas emergenciais para enfrentar a crise de segurança e minimizar novos conflitos na cidade.
Mais detalhes do caso
- Ao todo, 50 corpos foram recolhidos e levados para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais vias da região, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29/10).
- O governo do Rio de Janeiro informou que pelo menos 64 pessoas foram mortas em confronto durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha.
- Em nota, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) afirmou ter tomado conhecimento da presença dos corpos na praça e que as circunstâncias do caso estão sendo apuradas.
A operação policial, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes de diferentes corporações, incluindo Polícia Civil, Polícia Militar e unidades especiais. O objetivo principal foi conter o avanço territorial do Comando Vermelho, facção criminosa que atua em diversas regiões do estado.
Após retornar de uma viagem à Ásia na noite de terça-feira, o presidente Lula manteve contato telefônico com o ministro Rui Costa para tratar da situação. Está prevista a ida de uma comitiva do governo federal ao Rio de Janeiro, com o propósito de discutir medidas emergenciais diante da crise de segurança.
