O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a seus auxiliares que pretende manter um tom descontraído, franco e respeitoso durante a reunião bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para ocorrer no próximo domingo (26), na Malásia. O encontro acontecerá durante a cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), em Kuala Lumpur.
A expectativa é que a reunião entre os dois líderes aconteça no fim da tarde no horário local — o que corresponderia à manhã em Brasília. O formato idealizado pelo Brasil prevê uma conversa privada entre Lula e Trump, seguida de um encontro ampliado com as respectivas equipes, embora esse modelo ainda esteja em negociação com o governo norte-americano.
Em caso de participação ampliada, os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura) e o assessor internacional Audo Faleiro são os nomes cotados para representar o lado brasileiro. Apesar da abertura ao diálogo, o Brasil pretende excluir da pauta qualquer tema relacionado à soberania nacional.
Lula também planeja se colocar à disposição como mediador em eventuais diálogos entre os EUA e a Venezuela — papel que agora pretende estender à Colômbia, caso haja interesse das partes envolvidas. A ideia é reforçar a imagem do Brasil como agente diplomático confiável na região.
Na visão de Lula, a postura aberta e espontânea adotada nos encontros anteriores com Trump, tanto em Nova York quanto por telefone, funcionou bem e deve ser repetida. O petista quer que a reunião represente um passo decisivo na chamada “descontaminação política” entre os dois países, abrindo caminho para um diálogo focado em comércio e no fim das sanções a autoridades brasileiras.