Nesta quinta-feira (4), será lançado em Belo Horizonte (MG), no Aglomerado da Serra, o programa Gás do Povo. A iniciativa prevê a distribuição gratuita de botijões de gás de cozinha (GLP) a famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico.
Idealizado pelo governo federal como substituto do atual Auxílio Gás, o programa tem a meta de atender 15,5 milhões de lares até 2026. A proposta surge como uma das principais estratégias do Planalto para reforçar o alcance social da gestão Lula e ampliar sua base de apoio popular.
Atualmente, o Auxílio Gás atende cerca de 5 milhões de famílias, oferecendo um subsídio de R$ 108 para ajudar no custeio do botijão de gás, valor definido a partir da média nacional calculada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
No entanto, em alguns estados, o preço médio do botijão chega a aproximadamente R$ 140, o que torna o benefício insuficiente para cobrir a despesa. Diante disso, o governo pretende substituir o modelo atual por um sistema de voucher, que poderá ser utilizado diretamente nas distribuidoras para a retirada do botijão.
O governo pretende implementar o Gás do Povo de forma escalonada, com a meta de beneficiar 15,5 milhões de famílias até março de 2026. A ideia é substituir o modelo atual por um sistema em que os contemplados, inscritos no Cadastro Único, terão direito a um voucher que poderá ser trocado por botijões diretamente nas distribuidoras credenciadas.
Para viabilizar a iniciativa, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 já destina R$ 5,1 bilhões ao programa, conforme proposta enviada recentemente ao Congresso Nacional.
O formato proposto pelo governo busca garantir que o benefício seja utilizado exclusivamente para a compra do botijão de gás, evitando que o recurso tenha outro destino. A medida também tem como objetivo diminuir os riscos de acidentes domésticos, já que muitas famílias de baixa renda recorrem a alternativas perigosas, como lenha, álcool e outros combustíveis improvisados, para cozinhar.