O uso de medicamentos sem orientação profissional é um erro comum entre os pacientes que chegam às unidades de saúde, podendo resultar em graves consequências para a saúde. Essa prática equivocada, chamada de automedicação, coloca em risco a segurança e o bem-estar dos pacientes, conforme alertam farmacêuticos do Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo.
A automedicação consiste no uso de remédios por conta própria, sem prescrição ou acompanhamento de um profissional de saúde. Embora seja frequentemente vista como uma solução rápida para o alívio de sintomas, essa prática pode trazer complicações sérias.
O supervisor farmacêutico da unidade, Pierre Cockenpot, ressalta que o uso indiscriminado de medicamentos pode causar reações adversas, interações perigosas com outros remédios e, em casos mais graves, intoxicação medicamentosa. Segundo ele, entre os medicamentos mais utilizados de forma inadequada estão os analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.
Pierre também destaca a importância do uso consciente dos antibacterianos e ressalta o papel dos farmacêuticos na garantia da segurança do paciente, esclarecendo sobre os riscos da automedicação e incentivando o uso racional de medicamentos. “A segurança do paciente deve sempre ser a prioridade. Nosso compromisso é continuar conscientizando a população sobre a importância de buscar a orientação médica antes de qualquer intervenção terapêutica”, explica o farmacêutico do Hospital Ib Gatto Falcão.
Mascarar sintomas
A também farmacêutica Hospital Ib Gatto Falcão Lauanna Kyvia enfatiza que os antibacterianos devem ser utilizados apenas sob prescrição médica, pois seu uso indiscriminado pode contribuir para o aumento da resistência dos micro-organismos. Isso significa que, no futuro, esses medicamentos podem perder a eficácia, tornando o tratamento de infecções muito mais difícil de combater.
“O uso inadequado de medicamentos pode mascarar sintomas importantes de uma doença, dificultando o diagnóstico correto e o tratamento adequado. Isso pode levar ao agravamento do quadro clínico do paciente”, enfatiza Lauanna Kyvia.
Diante desse cenário, os profissionais de saúde reforçam a necessidade de buscar sempre orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. Caso os sintomas persistam, a melhor conduta é procurar um médico para uma avaliação adequada e um tratamento seguro.
“Nosso papel como farmacêuticos é conscientizar a população sobre os riscos da automedicação e incentivar o uso racional de medicamentos. A segurança do paciente deve estar sempre em primeiro lugar”, finaliza Lauanna.