O resultado do exame de DNA realizado no corpo encontrado em uma fossa no bairro de Guaxuma, em Maceió, é da jovem Ana Beatriz de Moura, 15 anos. O exame foi realizado pelo Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica. Leia também: Corpo da jovem Ana Beatriz é localizado quase um mês após desaparecimento; vídeo…
O resultado do exame de DNA realizado no corpo encontrado em uma fossa no bairro de Guaxuma, em Maceió, é da jovem Ana Beatriz de Moura, 15 anos. O exame foi realizado pelo Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica.
Leia também: Corpo da jovem Ana Beatriz é localizado quase um mês após desaparecimento; vídeo
O corpo foi localizado após quase um mês de buscas, inclusive, que resultou em operação que foi coordenada por uma comissão de delegados da Delegacia Geral da Polícia Civil. Ana Beatriz foi vista pela última vez após sair do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) em direção ao bairro da Garça Torta e o seu corpo foi localizado em uma fossa numa chácara abandonada no bairro de Guaxuma. Confira a matéria.
De acordo com a Polícia Científica (PolC), foi feito um exame de DNA que comprovou a compatibilidade genética entre o material biológico coletado do cadáver e as amostragem coletadas com a mãe e a irmã de Ana Beatriz. O exame foi assinado pelo perito criminal Clisney Omena. Segundo ela, foi necessário adotar um protocolo mais complexo de extração do DNA e isso incluiu a incubação dos ossos em EDTA por cinco dias.
“Em decorrência do estado avançado de degradação das amostras biológicas encaminhadas, decidimos fazer a extração pelo método orgânico, que demanda mais tempo para a sua execução, mas que é bastante eficaz na obtenção de resultados. Com a obtenção do perfil genético do cadáver e o confronto com os perfis genéticos obtidos das amostras de referência dos familiares, temos a identificação inequívoca de que o corpo encontrado é de Ana Beatriz, contribuindo de forma decisiva para a investigação policial e permitindo à família da vítima o encerramento de um ciclo de sofrimento”, explicou Omena, por meio de nota da PolC.
Sobre o caso
Ana Beatriz desapareceu no dia 8 de abril após sair do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), no Centro de Maceió. A jovem teria como destino o bairro de Garça Torta, no Litoral Norte da capital. As primeiras buscas concentraram-se na região, mas até o momento não há indícios concretos sobre seu paradeiro.
No sábado, 12, em apoio à polícia judiciária alagoana, os bombeiros iniciaram as buscas. No domingo, 13, as buscas foram suspensas temporariamente para a emissão de um mandado de segurança, uma vez que as buscas se estenderam por uma propriedade privada. Mesmo com as atividades de buscas durante todo o dia, a menor não foi localizada.
Durante as buscas, houve a apreensão de uma peça de roupa que seria da estudante Ana Beatriz. Além disso, as autoridades também apreenderam dois celulares na casa do principal suspeito de envolvimento no desaparecimento da adolescente, um homem de 43 anos, que foi preso.
De acordo com relatos, Ana Beatriz teria trabalhado como babá para parentes dele. Testemunhas afirmam que o homem financiou a viagem da adolescente até o local onde ela teria desaparecido.
Desde o dia 17 de abril as buscas foram retomadas sob a coordenação da delegada Maíra Balby. A polícia também rastreou a movimentação financeira da vítima e descobriu que Ana Beatriz teria recebido um Pix pouco antes do desaparecimento. O valor foi decisivo para localizar o trajeto feito por ela até a região norte da cidade, por meio de um mototaxista.
Protestos foram realizados, mais de uma vez, com a intenção de chamar a atenção das autoridades e sociedade para o caso.
Na terça-feira (29) uma comissão especial – formada por cinco delegados – foi instituída pela Polícia Civil de Alagoas para aprofundar as investigações sobre o desaparecimento da adolescente. Participam as delegadas Talita Aquino, titular da Delegacia de Combate aos Crimes contra Criança e Adolescente (DCCCA) e delegada adjunta Maira Balby Delegada Bárbara Arraes, coordenadora da Área da Infância e Juventude da Polícia Civil, delegada Tacyane Ribeiro, coordenadora da DHPP e o delegado Sidney Tenório, diretor da DPJ-1 (Diretoria de Polícia Judiciária 1).