Um agente federal dos Estados Unidos teria oferecido uma grande recompensa financeira ao piloto-chefe de Nicolás Maduro com o objetivo de desviar o avião presidencial e facilitar a captura do líder venezuelano, segundo uma investigação da agência Associated Press (AP). A proposta fazia parte de um plano sigiloso que, no entanto, não chegou a ser concretizado.
O contato com o piloto, identificado como o general Bitner Villegas, ocorreu em um hangar na República Dominicana, onde jatos do governo venezuelano passavam por manutenção. O plano teria começado em abril, após um informante da embaixada dos EUA alertar sobre a presença das aeronaves presidenciais no país.
Durante a abordagem, o agente americano Edwin Lopez conversou diretamente com Villegas e teria oferecido a ele a chance de “ficar muito rico” e ser visto como “um herói nacional” caso aceitasse colaborar com os Estados Unidos. O piloto admitiu ser responsável por voar para Maduro e chegou a entregar seu número de telefone ao agente, mas o acordo não avançou.
Depois do encontro, Villegas e sua equipe retornaram à Venezuela sem as aeronaves, encerrando qualquer possibilidade imediata de cooperação. Apesar disso, o caso gerou movimentações diplomáticas e levantou suspeitas sobre tentativas de interferência americana em território estrangeiro.
Em seguida, o governo dos Estados Unidos iniciou o confisco dos dois jatos presidenciais venezuelanos, que estavam sob manutenção na República Dominicana. As apreensões ocorreram em duas etapas, uma em setembro e outra em fevereiro, conforme relatou a Associated Press, que revelou detalhes inéditos da operação.


