Ronaldo Lessa, governador em exercício de Alagoas, esteve em Brasília nesta terça-feira (5) para acompanhar a abertura da 5ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como “Conselhão”.
No evento, os participantes discutiram questões como a erradicação da fome no Brasil e as consequências da recente tarifa aplicada pelos Estados Unidos a produtos nacionais.
Ronaldo Lessa destacou que a medida adotada pelo governo Trump afeta setores da economia de Alagoas, especialmente a cana-de-açúcar e o setor frutícola. Ainda assim, o governador em exercício acredita que o impacto será restrito, pois os principais mercados de exportação do estado são a China e o Canadá.
“Os Estados Unidos são o nosso terceiro cliente [na exportação de cana-de-açúcar], mas vamos tentar negociar para se chegar a um acordo. O caso ainda não está encerrado”, destacou.
De acordo com Ronaldo Lessa, o governo federal trabalha para encontrar alternativas que minimizem os impactos causados pela alta das tarifas.“Há a possibilidade de o país fazer dois tratamentos para a gente sofrer o menos possível: um para os grandes produtores, que devem buscar novos mercados internacionais; e outro para os produtores de pequeno porte, com o governo federal oferecendo o suporte necessário.”
Durante sua fala, Ronaldo Lessa reafirmou o posicionamento oficial do governo brasileiro. “A soberania brasileira é inegociável. O comércio é feito para negociar, mas o que não pode é abrir mão da nossa soberania.”
A 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) reuniu, em Brasília, importantes autoridades, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin; além dos ministros Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad e Mauro Vieira.
Durante o encontro, os conselheiros apresentaram seus resultados, e foram assinados decretos, sanções e acordos decorrentes das deliberações do Conselhão.
Em suas redes sociais, Ronaldo Lessa compartilhou suas impressões sobre o evento: “50% de tarifa e esperam que fiquemos de joelhos? Mostramos o contrário. […] Tentaram nos enfraquecer. Saímos mais fortes. O Brasil segue de cabeça erguida e Alagoas junto. Soberania não tem preço.”