No último sábado (20), o ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que cogita “correr atrás de um passaporte de apátrida” para continuar morando no Texas, nos Estados Unidos, onde está desde fevereiro. A declaração ocorre dias após a cassação de seu mandato pela Câmara, na quinta-feira (18), por excesso de faltas.
Segundo Eduardo, todas as embaixadas e consulados brasileiros receberam ordens para impedir que ele obtenha um passaporte comum. Com isso, ele precisará devolver o passaporte diplomático dentro de 30 a 60 dias, após ser notificado da perda do mandato.
Ele ainda acusou o ministro Alexandre de Moraes de tentar prejudicar seu trabalho, mas afirmou que está preparado para lidar com a situação. “Em princípio, estou sob risco de perder a possibilidade de passaporte brasileiro. Isso não me impediria de fazer outras saídas internacionais”, disse, sugerindo inclusive a possibilidade de solicitar um passaporte de apátrida.
De acordo com a Câmara dos Deputados, o passaporte diplomático de Eduardo e sua família, emitido em fevereiro de 2023 e válido até julho de 2027, já não tem mais validade. No domingo (21.dez), ele publicou em seu perfil no X a comunicação oficial sobre o cancelamento do documento.
Apesar da perda do mandato, Eduardo garantiu que seguirá atuando na parte internacional da campanha de seu irmão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato à Presidência. Ele destacou que sua atuação no exterior não depende do cargo, mas de sua experiência e contatos com países como Estados Unidos, Israel, El Salvador e no mundo árabe, além de entrevistas em canais internacionais.


