Escuta pública sobre violência obstétrica acontece em Arapiraca
A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE-AL) realizará, na próxima sexta-feira (28), uma escuta pública voltada ao enfrentamento da violência obstétrica. O evento, organizado pela defensora pública Bruna Cavalcante, da Seção de Saúde de Arapiraca, começa às 9h, no auditório da subsede da DPE-AL, na Rua Samaritana, bairro Santa Edwiges, em Arapiraca. Segundo a…
A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE-AL) realizará, na próxima sexta-feira (28), uma escuta pública voltada ao enfrentamento da violência obstétrica. O evento, organizado pela defensora pública Bruna Cavalcante, da Seção de Saúde de Arapiraca, começa às 9h, no auditório da subsede da DPE-AL, na Rua Samaritana, bairro Santa Edwiges, em Arapiraca.
Segundo a defensora Bruna Cavalcante, o encontro será um espaço de escuta para mulheres e familiares que vivenciaram ou presenciaram situações de violência obstétrica. “Queremos ouvir essas histórias e reunir informações que nos permitam cobrar ações concretas das autoridades competentes”, afirma.
A iniciativa foi motivada pelo aumento de natimortos, mortes maternas e neonatais registrados nos últimos meses. Dados obtidos pela Defensoria revelam que, entre maio de 2024 e maio de 2025, os cartórios da comarca registraram 52 natimortos, além de óbitos de puérperas e recém-nascidos, cujos números ainda estão sendo consolidados.
Outro fator que agrava a situação é o recente fechamento da maternidade do CHAMA, que fragilizou ainda mais a rede de atenção às gestantes e parturientes. Muitas mulheres agora precisam se deslocar para outros municípios para receber atendimento adequado, cenário que intensifica a angústia das famílias.
“Esses fatos levantam sérias dúvidas sobre a qualidade do atendimento obstétrico e neonatal, indicando possíveis falhas graves e, em alguns casos, negligência institucional e violação de direitos humanos. A DPE-AL convida toda a comunidade a participar deste diálogo fundamental, para que possamos construir um sistema de saúde mais humano e acolhedor para todas as mães e seus bebês”, destaca a defensora.


