sexta-feira, junho 20, 2025
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Com ministros europeus, premiê do Irã acusa Israel: “Crimes de guerra”

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, está em Genebra, na Suíça, desde esta sexta-feira (20), para uma reunião crucial com autoridades europeias. O principal tema em pauta é a escalada dos conflitos envolvendo Israel, marcados por ataques mútuos entre os países.

Araghchi, durante o encontro, classificou a situação como “uma guerra injusta imposta ao povo iraniano” e enfatizou que Israel estaria cometendo “crimes de guerra graves”.

A reunião conta com a presença dos ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido, que buscam ativamente um caminho para evitar o agravamento do conflito, especialmente no que diz respeito ao programa nuclear iraniano.

Israel lançou na semana passada um “ataque preventivo” contra o Irã, focado em seu programa nuclear. O objetivo, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã desenvolva armas nucleares. Em resposta, o Irã lançou um ataque de drones e mísseis contra Israel.

No último sábado, 14 de junho, o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva israelense continuará, prometendo ataques a todas as bases iranianas. Relatos indicam que parte do programa nuclear iraniano já foi afetada, mas maiores danos dependeriam de bombardeios ou da participação direta dos EUA, algo que Israel tem solicitado.

“Os ataques de Israel às instalações nucleares são crimes de guerra graves, dado também o perigo de uma catástrofe ambiental e de saúde como resultado de vazamento radiológico”, discursou Araghchi.

De acordo com o ministro, “Israel lançou uma agressão não provocada ao Irã, em uma flagrante violação do Artigo 2, parágrafo quatro, da Carta da ONU”.

“Esta é uma guerra injusta imposta ao meu povo desde as primeiras horas de sexta-feira, 13 de junho, quando Israel perpetrou uma mistura de operações ilegais e criminosas contra militares fora de serviço, professores universitários e pessoas comuns”, alegou Aragchi.

O chanceler iraniano ressaltou que seu país foi atacado no meio de um processo diplomático em andamento. “Deveríamos nos reunir com os americanos em 15 de junho para elaborar um acordo muito promissor para uma resolução pacífica das questões inventadas sobre nosso programa nuclear pacífico”, disse.

Ele destacou ainda que tanto o Ministério das Relações Exteriores quanto instalações nucleares também foram alvo dos ataques.

Decisão dos EUA

Em meio à escalada das tensões entre Israel e Irã, a Casa Branca anunciou nesta quinta-feira (19) que o presidente dos EUA, Donald Trump, decidirá nas próximas duas semanas se o país entrará ou não no conflito.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que a decisão de Trump será baseada nas informações provenientes das negociações entre os dois países. Enquanto os EUA ponderam a possibilidade de intervenção militar, a Europa, por sua vez, defende ativamente as negociações como caminho para um cessar-fogo.

8º dia de ofensivas

O oitavo dia de confrontos entre Israel e Irã foi marcado por uma escalada significativa, com Israel bombardeando mais de 35 instalações iranianas e lançando mísseis contra Tabriz e Kermanshah nesta sexta-feira. A ação foi confirmada pelo exército israelense.

Essa ofensiva ocorre após um míssil iraniano ter atingido a cidade de Be’er Sheva, em Israel. De acordo com a mídia local, o sistema de interceptação de mísseis israelense falhou, resultando no impacto direto em edifícios da cidade. O jornal Al Jazeera reportou que cinco pessoas ficaram feridas nesse ataque.

Fonte: Política Alagoana

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