Ronilson Medeiros e João Marcos, durante entrevista coletiva
O desaparecimento de Crislany Maria Gomes da Silva, de 19 anos, e da filha Celine Raíssa, de apenas 2 meses, teve um desfecho trágico nesta terça-feira, 21. Em entrevista coletiva os delegados Ronilson Medeiros, coordenador da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, e João Marcos, titular do 12º Distrito Policial de Rio Largo, detalharam a possível motivação…
O desaparecimento de Crislany Maria Gomes da Silva, de 19 anos, e da filha Celine Raíssa, de apenas 2 meses, teve um desfecho trágico nesta terça-feira, 21. Em entrevista coletiva os delegados Ronilson Medeiros, coordenador da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, e João Marcos, titular do 12º Distrito Policial de Rio Largo, detalharam a possível motivação para o crime.
De acordo com a Polícia Civil de Alagoas, o crime teria sido premeditado e motivado por um suposto triângulo amoroso. O principal suspeito, um amigo da família, foi preso ontem, após confessar o crime e indicar o local onde o corpo foi deixado.
Lembre: Jovem de 19 anos desaparece com a filha de 2 meses em Rio Largo; Polícia Civil investiga
Durante entrevista coletiva, o delegado João Marcos afirmou que os depoimentos apontam que o suspeito mantinha um relacionamento amoroso com o pai da bebê e companheiro de Crislany.
“O que a gente pode adiantar é que havia um suposto triângulo amoroso. O rapaz foi preso ontem, era amigo da família. Os depoimentos levam a entender que ele mantinha alguma relação com o esposo da vítima e que, talvez, a coisa tenha acontecido de forma passional”, adiantou.
O pai da criança já foi ouvido duas vezes pela polícia, mas ainda não foi formalmente apontado como suspeito.
Mãe e filha foram vistas pela última vez no dia 12 de outubro, na cidade de Rio Largo, onde moravam. Crislany teria saído de casa levando a filha no colo e, desde então, não havia mais dado notícias.
Corpo encontrado
Um cadáver foi localizado na tarde de segunda-feira (20), por volta das 15h, em uma área de mata fechada no Benedito Bentes. O local foi indicado pelo suspeito preso, que em determinado momento chegou a confessar o assassinato da criança também, se contradizendo em outros momentos.
Um corpo que pode ser de Crislany foi achado e recolhido para passar por exames que vão confirmar sua identificação pela Polícia Científica. Perto do corpo, foram encontrados objetos de bebê, reforçando o temor de que Celine também possa ter sido vítima de um crime.
Veja também: Bombeiros realizam buscas por corpo que pode ser de bebê desaparecida com a mãe
O Instituto Médico Legal (IML) realizou a perícia e o recolhimento do corpo, que já se encontrava em estado avançado de decomposição. O laudo oficial com a causa da morte ainda não foi divulgado, mas há indícios de perfurações por arma branca, conforme relato do principal suspeito.
O delegado Ronilson Medeiros, coordenador da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, afirmou que o local foi periciado minuciosamente em busca de indícios da presença ou morte da bebê. “Estamos aguardando o laudo cadavérico e o do local do crime para seguir com as próximas etapas da investigação”, explicou.
O Corpo de Bombeiros também participou das buscas.
Leia mais: Preso pela PC indicou local onde estava corpo de jovem desaparecida
Imagens de câmeras ajudaram nas investigações
As investigações indicaram que Crislany e o suspeito chegaram juntos ao bairro onde o corpo foi encontrado, após uma viagem em um carro por aplicativo. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que os dois descem do veículo em frente a um supermercado, a cerca de 400 metros da área de mata.
O motorista do aplicativo já foi localizado e ouvido pela polícia. Segundo ele, durante todo o trajeto, vítima e suspeito não conversaram.
Protesto
Familiares e amigos de Crislany e da pequena Celine chegaram a bloquear um trecho da BR-104 nesta segunda-feira (20), pedindo agilidade nas investigações e mais empenho nas buscas. Desde o registro do desaparecimento, a família vinha relatando que Crislany estava sendo ameaçada pelo ex-companheiro, pai da bebê.
Investigações
O caso agra vai ser acompanhado pela Delegacia de Homicídios de Maceió, que ficará responsável pela apuração completa do crime.
“Desde o boletim de ocorrência, atuamos de forma ininterrupta. As provas foram surgindo em sequência, e mesmo que o desfecho não tenha sido o que esperávamos, era importante oferecer uma resposta à família”, finalizou o delegado João Marcos.
As autoridades agora concentram esforços para localizar Celine Raíssa e entender a real motivação e dinâmica do crime.
