Reprodução Redes Sociais
O secretário de segurança pública de Alagoas, Flávio Saraiva, usou suas redes sociais para fazer um desabafo. Saraiva acusou “alguns parlamentares” de transformar a tragédia do Caso Ana Beatriz em palanque e de colocar a sociedade alagoana contra as polícias do Estado. Leia o texto no final da matéria. Sem citar os nomes dos parlamentares,…
O secretário de segurança pública de Alagoas, Flávio Saraiva, usou suas redes sociais para fazer um desabafo. Saraiva acusou “alguns parlamentares” de transformar a tragédia do Caso Ana Beatriz em palanque e de colocar a sociedade alagoana contra as polícias do Estado. Leia o texto no final da matéria.
Sem citar os nomes dos parlamentares, o gestor afirmou, ainda, que a segurança pública não trabalha com emoção ou oportunismo. A manifestação do chefe da pasta demonstra a pressão que estava sobre a segurança pública desde a última sexta, 11, quando supostamente ocorreu o sequestro da bebê, com base na denúncia inicial feita pela mãe da criança.
As investigações sofreram várias reviravoltas, a partir das mudanças nas declarações da mãe da menor, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos. Desde o falso sequestro até a confissão, o caso mobilizou as polícias de todo estado e até de Pernambuco.
Agora, o inquérito entra na fase das provas técnicas, com os laudos da necropsia, que irá determinar a verdadeira causa da morte (a mãe, em uma das versões, alegou ter matado a bebê asfixiada, com um travesseiro). Caberá, ainda, à Polícia Científica, determinar como se deu o manuseio do corpo. À polícia judiciária, por sua vez, cabe ainda esclarecer quem colocou o corpo da recém-nascida onde foi encontrado, uma vez que no dia anterior o local fora vistoriado e não estava no móvel. E, finalmente, quem ajudou Eduarda e mover o corpo da criança.
Na coletiva concedida na noite de ontem, nem mesmo os crimes respondidos por Eduarda estavam definidos. A jovem pode responder por infanticídio, que prevê uma pena menor, ou por homicídio. O delegado Igor Diego, no entanto, já antecipou que a jovem deve receber atendimento psiquiátrico, além de ser submetida à avaliação psicológica.
Postagem
A Segurança Pública trabalha com inteligência, técnica e responsabilidade — não com emoção ou oportunismo.
O caso da bebê Ana Beatriz comoveu o Estado inteiro. E é lamentável ver que, enquanto nossos agentes estavam concentrados em esclarecer os fatos, alguns parlamentares tentaram transformar uma tragédia em palanque, jogando a população contra as polícias, bombeiros e o governo.
A verdade veio à tona. A mãe confessou o crime. E mais uma vez, a investigação séria da nossa Polícia Civil revelou os fatos, mesmo diante de tantas pressões e tentativas de distorção.
Colocar as polícias contra a sociedade é uma irresponsabilidade grave.
Quem se diz defensor da segurança, precisa, no mínimo, respeitar o trabalho de quem arrisca a vida todos os dias para proteger a população. A dor de uma família não pode ser explorada por vaidade política.
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