Eloizio Ramos Cardoso, pedreiro, e Maria da Glória Rodrigues, diarista, moravam em Goiânia (GO) antes de se mudarem para Querência (MT), a 765 km de Cuiabá, em busca de melhores oportunidades. Com economias de anos, planejavam abrir uma fábrica de gesso, mas desistiram ao perceber que o mercado local não era favorável. Decidiram, então, investir em lotes residenciais.
Em Querência, o casal conheceu o residencial Munique Smart Life, divulgado pelo cantor Leonardo em parceria com a empresa AGX, do empresário Aguinaldo José Anacleto. Com o “dinheiro de uma vida” em mãos, adquiriram cinco lotes. No entanto, o empreendimento foi alvo de denúncias de irregularidades, e o casal entrou na Justiça contra a AGX e o cantor, alegando prejuízos.
Leonardo, por meio de sua assessoria, negou ser sócio do projeto, afirmando que apenas atuou como garoto-propaganda, como faz em outras campanhas publicitárias. Ele garantiu que seus advogados estão tomando as providências necessárias. Já a AGX defendeu-se, explicando que o Munique Smart Life não vende lotes, mas capta investidores por meio de cotas em uma Sociedade em Conta de Participação (SCP), estrutura legalizada e conforme a legislação.
O casal, que confiou no nome do artista, agora enfrenta incertezas sobre o futuro do investimento, enquanto aguarda uma solução judicial. A história serve de alerta para quem busca oportunidades em empreendimentos divulgados por figuras públicas.