O anúncio de que Jair Bolsonaro enfrenta câncer de pele é visto por seus aliados como um fator que favorece a aprovação da anistia para ele e outros condenados pelo 8 de Janeiro. Deputados indecisos, segundo bolsonaristas ouvidos pela coluna do Igor Gadelha, podem ser influenciados pela situação. “Quem está em cima do muro se solidariza e vota a favor”, disse um aliado em reserva.
Segundo bolsonaristas, a melhor estratégia é votar o mérito da anistia o quanto antes, enquanto dura a chamada “janela de oportunidade”. Na quarta-feira (17), horas depois do anúncio do câncer de Bolsonaro, a Câmara aprovou o regime de urgência do projeto por 311 a 163 votos.
O próximo passo é que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indique um relator para tratar do projeto. O escolhido será responsável por negociar com os partidos o mérito da proposta que seguirá para votação.
Segundo a coluna, Motta já trabalha há alguns dias para impedir a aprovação de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” e busca como alternativa um projeto que preveja apenas a redução de penas.