segunda-feira, agosto 11, 2025
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Arthur Lira é acionado nos bastidores para intermediar impasses na Câmara

Mesmo tendo deixado o comando da Câmara há mais de cinco meses, o deputado Arthur Lira (PP-AL) continua exercendo influência no Congresso por meio de articulações com aliados tanto do governo quanto da oposição. Na semana passada, líderes oposicionistas o procuraram para mediar o fim de um impasse que havia paralisado a Casa por dois dias. Graças ao acordo firmado, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pôde retomar a condução dos trabalhos, conforme informações do site Folha PE.

A busca por Lira pela oposição ocorreu após ele criticar, na véspera, a concessão de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o encontro, o deputado condicionou o fim do protesto ao apoio das pautas do grupo, como a revogação do foro privilegiado e a discussão da anistia para investigados por tentativa de golpe. A negociação também envolveu a PEC da Blindagem, que exige autorização do Legislativo para investigações contra parlamentares e restringe prisões a casos de flagrante ou crimes inafiançáveis.

Sem ocupar a presidência da Câmara, Lira tem aproveitado a ofensiva da oposição contra o Supremo Tribunal Federal para ampliar o apoio à PEC. A expectativa é que a proposta, juntamente com o fim do foro privilegiado, seja debatida na reunião de líderes desta semana e, em seguida, levada à votação. Procurado para comentar, Lira não se manifestou.

O acordo também trouxe benefícios ao governo, ao liberar a pauta para a votação de projetos de seu interesse. Entre eles está a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, proposta relatada por Arthur Lira e considerada prioridade pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para que a medida entre em vigor em 2026, é necessário que seja aprovada até setembro.

No mesmo dia em que o relatório favorável à isenção foi apresentado, Lula indicou a procuradora de Justiça de Alagoas Maria Marluce Caldas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A nomeação aconteceu em meio a negociações políticas no estado, envolvendo o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), sobrinho da indicada, que se comprometeu a não participar das próximas eleições.

Fonte: Política Alagoana

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