quarta-feira, abril 16, 2025
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Após denúncia, PM vai apurar suposta ação truculenta em bloco

A Polícia Militar de Alagoas (PMAL) emitiu nota de esclarecimento nesta segunda-feira, 24, confirmando que irá apurar a denúncia de abordagem truculenta e agressão contra integrantes do Bloco da Inclusão “Pule de Boa”, na noite da última sexta-feira (21), no evento Jaraguá Folia, durante as prévias carnavalescas de Maceió. A coordenadora do Movimento Nacional da…


A Polícia Militar de Alagoas (PMAL) emitiu nota de esclarecimento nesta segunda-feira, 24, confirmando que irá apurar a denúncia de abordagem truculenta e agressão contra integrantes do Bloco da Inclusão “Pule de Boa”, na noite da última sexta-feira (21), no evento Jaraguá Folia, durante as prévias carnavalescas de Maceió.

Reprodução

Representante de Movimento de Pessoas em Situação de Rua denuncia ação truculenta da PM no Jaraguá Folia

A coordenadora do Movimento Nacional da População em Situação de Rua no estado de Alagoas, Rafaelly Machado, denunciou que foi “brutalmente agredida” e “levou uma rasteira e spray de pimenta e e gás lacrimogêneo no rosto” por parte dos militares que atuavam no evento, ao tentar dissolver um tumulto.

No pronunciamento oficial a PMAL informa que um procedimento administrativo disciplinar será instaurado para esclarecer os fatos ocorridos, enquanto reafirma que “não compactua com qualquer tipo de arbitrariedade e que, caso tenha ocorrido alguma, ela será devidamente esclarecida por meio do processo legal e da apuração necessária”.

“A Corporação reitera seu compromisso em atuar de forma técnica, dentro da legalidade e em respeito aos direitos humanos. Qualquer possível desvio de conduta cometido por seus agentes será prontamente investigado, com a celeridade necessária, assegurando o direito ao contraditório e à ampla defesa, concedidos pela Constituição Brasileira”, diz trecho da nota.

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A representante do movimento também emitiu nota de repúdio na qual classifica os policiais que agiam no evento como “despreparados” e a postura deles como “inadequada”. Ela ressalta ainda que o bloco, que desfilou pela primeira vez, tinha como objetivo “trazer a inclusão da população de rua” e que o fato aconteceu já no final do corredor da folia.

“[…] foi a primeira vez que realizamos esse bloco, para a Polícia vir com a sua abordagem truculenta, super despreparada, me agredir ainda mais. O que me revolta é ver que havia policiais que diziam que me conheciam, mas ainda continuaram fazendo aquela brutalidade. É triste saber que temos no meio da Polícia Militar bandidos fardados que se dizem defensores da ordem; que ainda se dizem ser protetores da Segurança Pública. Deixo aqui o meu repúdio a esses marginais fardados que fizeram esse tipo de abordagem comigo. Isso não me intimida em nada e não vai silenciar a minha voz, pois eu quero Justiça e vou lutar por Justiça. Só vou me acalmar depois que eu vi [SIC] a justiça acontecer. Meu repúdio a esses bandidos fardados despreparados.”, diz parta da nota da coordenadora do movimento.

Abordagens à População de Rua

No última dia 04 de Fevereiro, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e o Tribunal de Justiça e o Movimento Nacional da População de Rua (MNPR/AL) debateram abordagens promovidas pelas forças policiais onde foram discutidos procedimentos que deveriam ser reforçados durante a execução de abordagens ao público que vive em situação de rua.

A capacitação da polícia para lidar com públicos vulneráveis e a criação e fomento do Procedimento de Operacional Padrão (POP), documento criado inclusive com o apoio de representantes dos movimentos da população de rua, também foi debatido na ocasião, para que servisse de referência para novos cursos de capacitação para o efetivo da corporação.

Um novo encontro para continuar o debate sobre o tema estava marcado para acontecer no mesmo dia da abordagem em Jaraguá, mas a reportagem não conseguiu confirmar se ele chegou a acontecer.



Fonte: Alagoas 24 Horas

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