quinta-feira, outubro 23, 2025
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Antes de possível reunião com Trump, Lula exalta comércio sem dólar

Durante sua visita oficial à Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o protecionismo econômico e defendeu o uso de moedas locais no comércio internacional como alternativa ao dólar. As declarações foram feitas nesta quinta-feira (23), em meio à expectativa de um possível encontro entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no país asiático. Segundo o petista, tanto o Brasil quanto a Indonésia compartilham o desejo de fortalecer o comércio livre e reduzir a dependência de potências econômicas.

Em discurso à imprensa, Lula afirmou que o Século XXI exige coragem e mudanças estruturais nas relações comerciais, de modo a evitar a dependência de um único centro de poder. “Nós queremos multilateralismo e não unilateralismo. Queremos democracia comercial e não protecionismo”, destacou o presidente. As falas de Lula contrastam com a postura de Trump, que desde o início do mandato tem se posicionado contra a proposta de países do Brics de reduzir o papel do dólar no comércio global.

O encontro entre Lula e o presidente indonésio, Prabowo Subianto, reforçou a intenção de aproximar economicamente os dois países. Na cerimônia de visita de Estado, realizada no Palácio Merdeka, os líderes assinaram acordos nas áreas de agricultura, energia, mineração, ciência, tecnologia e comércio.

Ao comentar o atual volume de negócios entre Brasil e Indonésia, que gira em torno de US$ 6 bilhões, Lula avaliou que o número é insuficiente diante do potencial das duas economias. “É pouco para a Indonésia, é pouco para o Brasil. Precisamos fazer um esforço maior para ampliar esse comércio e garantir benefícios reais aos nossos povos”, concluiu.

Reunião com Trump

A viagem de Lula à Ásia poderá ser marcada por um encontro histórico com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os dois líderes já haviam conversado por telefone no início do mês e demonstraram interesse em realizar uma reunião presencial para tratar de temas econômicos e diplomáticos.

A expectativa é que o encontro ocorra no domingo, na Malásia, durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). A reunião deve representar um avanço na reaproximação entre Brasil e Estados Unidos, após um período de tensões comerciais. Um dos principais objetivos da conversa será discutir a possível reversão das tarifas de 50% aplicadas pela Casa Branca a produtos brasileiros, medida que tem impactado setores estratégicos da economia nacional.

Fonte: Política Alagoana

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