quarta-feira, julho 30, 2025
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Anderson Torres teria falsificado passagem para comprovar ausência no 8 de janeiro, segundo a PGR

Anderson Gustavo Torres foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de utilizar um bilhete de passagem falso para justificar sua ausência ni dia 8 de janeiro de 2023, data em que ocorreu a invasão dos Três Poderes em Brasília.

De acordo com a PGR, o documento apresentado pelo então Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal não condiz com os registros da companhia aérea Gol. Nesse caso, a falsificação indica uma tentativa intencional de Torres de se ausentar e se isentar de responsabilidade pelos atos golpistas.

O localizador “MYIDST”, indicado por Torres, não corresponde aos seus dados, e não há registros de voos no trecho Brasília/Orlando, voo G3-9460, em seu nome. Segundo as alegações finais enviadas pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (14).

A defesa de Anderson Torres afirma que a viagem aos Estados Unidos foi programada desde julho de 2022 e que a passagem teria sido comprada em novembro do mesmo ano. Torres foi empossado no cargo em 2 de janeiro de 2023, esteve em atividade até o dia 6 e alegou estar de férias a partir do dia 9.

Segundo os advogados, o secretário interino, Fernando Oliveira, já estava ciente da substituição e assumiu a função ainda no dia 6. Um Plano de Ações Integradas (PAI) teria sido elaborado previamente, e, conforme Torres, se tivesse sido seguido à risca, os atos do 8 de janeiro não teriam ocorrido.

PGR: Torres ignorou alertas sobre atos golpistas

Mesmo com as alegações apresentadas pela defesa, investigações apontam que alertas sobre possíveis ações violentas já estavam em circulação antes dos atos. 

No dia 6 de janeiro de 2023, data em que Anderson Torres embarcou em viagem, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal foi informada, por meio de um relatório da Força Nacional, sobre os riscos iminentes. Outros comunicados mencionavam expressões como “Tomada de Poder” e destacavam o aumento significativo de ônibus transportando manifestantes.

Ainda assim, o efetivo policial empregado no dia foi considerado insuficiente. A atuação das forças de segurança demorou quase duas horas para ser reforçada. Parte dos comandantes de batalhões da PMDF também estava de férias no dia dos atos.

Conforme a conclusão da Procuradoria Anderson Torres tinha histórico de omissões benéficas aos atos golpistas. A alegação da defesa, de que Anderson estava no “lugar errado, na hora errada”, não foi aceita pelo Ministério Público, que vê no comportamento do ex-secretário uma atuação favorável aos representantes das invasões.

Fonte: Política Alagoana

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