Acusados de matar Kleber Malaquias serão julgados
Um policial civil de Alagoas, que é acusado de participar do assassinato do ativista político Kéber Malaquias em julho de 2020, foi preso no Mato Grosso por tentativa de homicídio. A prisão preventiva do acusado foi decretada pela Justiça do Mato Grosso por envolvimento em uma tentativa de homicídio em setembro do ano passado naquele…
Um policial civil de Alagoas, que é acusado de participar do assassinato do ativista político Kéber Malaquias em julho de 2020, foi preso no Mato Grosso por tentativa de homicídio.
A prisão preventiva do acusado foi decretada pela Justiça do Mato Grosso por envolvimento em uma tentativa de homicídio em setembro do ano passado naquele estado.
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) informou que compartilhou com os órgãos da persecução penal do Mato Grosso (responsáveis por investigar, acusar e julgar crimes) todas as informações a respeito das provas encontradas na oportunidade de sua prisão pelo homicídio de Malaquias. Tais provas, consideradas consistentes, foram adquiridas por meio da quebra de dados telemáticos, que são informações digitais geradas através da combinação de telecomunicações e informática. No caso em questão, elas envolveram conversas que relacionavam o réu com a tentativa de homicídio.
Em Alagoas, o agente da PCAL, de acordo com denúncia apresentada pela 3ª Promotoria de Justiça de Rio Largo, participou do homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido o assassinato cometido mediante promessa de recompensa, que assassinou Kléber Malaquias, em 15 de julho de 2020, dentro do bar da Buchada, localizado na Avenida Teotônio Vilela, na Mata do Rolo, na cidade de Rio Largo. A vítima era conhecida por fazer diversas denúncias contra políticos e por fornecer informações ligadas a essas mesmas denúncias à polícia e ao MPAL.
Já em Mato Grosso, o policial foi formalmente acusado pelo Ministério Público local de envolvimento em uma tentativa de assassinato ocorrida em via pública, em setembro de 2024. Assim como no caso de Alagoas, o agente da PCAL teria fornecido apoio logístico e financeiro para a execução do crime e, por esse motivo, teve a prisão decretada. Posteriormente, no entanto, a medida foi suspensa por decisão liminar. Na semana passada, acompanhando o entendimento do Ministério Público mato-grossense, o Tribunal de Justiça daquele estado reformou a decisão e, por unanimidade, cassou a liminar, restabelecendo a ordem de prisão. O réu se apresentou voluntariamente e permanece custodiado na Central de Flagrantes, em Maceió.
Relembre o caso
O empresário, conhecido por realizar diversas denúncias contra políticos alagoanos, foi assassinado a tiros no dia 15 de julho de 2020, no interior do bar da Buchada, localizado na Avenida Teotônio Vilela, Mata do Rolo, no município de Rio Largo.
Segundo os levantamentos iniciais realizados pela PM, Malaquias, que celebrava aniversário, chegou ao local na companhia de três amigos e dirigiu-se ao banheiro. Dois homens já estavam no local e um deles seguiu a vítima, que foi encurralada no banheiro e morta com três tiros, um deles na cabeça.
Kleber Malaquias já havia afirmado que estava jurado de morte. Ele é autor de várias denúncias contra políticos e membros do Judiciário alagoano. Uma dessas denúncias, levadas ao Conselho Nacional de Justiça, resultou em investigação contra um desembargador alagoano.
Seis pessoas foram apontadas como tendo envolvimento com a execução da vítima: Fredson José dos Santos, José Mário de Lima Silva e Edinaldo Estêvão de Lima; e Eudson Oliveira de Matos, Marcelo José Souza Da Silva e Marcos Maurício Francisco dos Santos.
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