O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou durante evento realizado na capital paulista nesta quarta-feira (26) que não existe “ansiedade” no espectro político de direita para a escolha do candidato presidencial em 2026. Ele avaliou que o capital político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será essencial para “aparar arestas” durante esse processo.
“Acho que o pessoal está muito ansioso. Há tempo para a definição. Isso já está sendo feito, e as pessoas só não percebem. Há um respeito muito grande pelo ex-presidente Bolsonaro… o capital político dele será fundamental para aparar arestas. Não tenham ansiedade, porque virá a decisão na hora certa. Não precisa ser em dezembro. Pode ser janeiro, fevereiro, março”, disse.
Anteriormente em sua participação, Tarcísio havia declarado que o Brasil segue na “direção errada”. Em continuação, ponderou: “Mas é fácil acertar. A gente coloca na direção correta rapidinho”.
Ao final de sua explanação no evento da UBS WM, o governador foi indagado pela moderação sobre a possibilidade de concorrer à Presidência da República na próxima eleição. Tarcísio evitou resposta direta, citou outros governadores alinhados à direita e declarou não ter necessidade de ocupar posição de “protagonista” em 2026.
“Este campo [da direita] vai apresentar um projeto para o Brasil, com um pilar liberal, que privilegie o trabalho, a emancipação, o empreendedorismo. Essa turma vai se organizar, apresentar o projeto e ganhar no ano que vem. A gente vai se livrar do PT”, disse.
“Cada um tem um papel, uma missão. Quero cumprir bem a minha missão e fazer parte do time, não importa a posição em que eu jogar. Não preciso ser protagonista […] eu não quero deixar esse país, do PT, para os meus filhos e netos” completou.
Intenção de visita a Bolsonaro
Próximo ao término de sua participação, o governador declarou ter intenção de visitar Jair Bolsonaro e manifestou apoio ao pedido de conversão da prisão para o regime domiciliar.
“Converso com o Flávio [Bolsonaro], com a família, falei com o Carlos [Bolsonaro] recentemente. Passei 17 anos da minha vida nas Forças Armadas, e no Exército, você aprende a cuidar da tropa. Tenho um laço com o presidente Bolsonaro que não prescreve”, disse.
“Pretendi visitá-lo, até para transmitir uma boa palavra. Estou vendo uma pessoa que está sofrendo as consequências de um atentado [a facada na campanha de 2018], com vômitos, soluços. Outros presidentes tiveram a prisão domiciliar e ele não pode ter?”, apelou.
Em maio deste ano, Fernando Collor de Mello foi transferido para o regime domiciliar, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitar pedido de sua defesa, que alegou questões de saúde do ex-presidente de 75 anos.


