O senador Flávio Bolsonaro (PL) declarou, nesta terça-feira (25), que Jair Bolsonaro fez um pedido “direto” aos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, para que seja pautada a anistia. A afirmação ocorreu após visita ao ex-presidente, detido desde sábado (22) na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília.
Segundo Flávio, “Pediu que a gente insistisse com presidente Motta e Alcolumbre, e que nos pedíssemos pra eles a colocação em pauta do projeto de anistia. É um pedido direto dele aos presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre”, disse.
A ida de Flávio e de Carlos Bolsonaro à sede da PF foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A decisão, tomada no domingo (23), permitiu que ambos pudessem visitar o pai separadamente, entre 9h e 11h. Os filhos chegaram ao local por volta das 9h20. A visita de Jair Renan está prevista para quinta-feira (27/11), no mesmo horário.
Bolsonaro permanece em prisão preventiva após admitir que utilizou um ferro de solda para danificar a tornozeleira eletrônica. O laudo pericial confirmou sua versão, e a PF fez o pedido de prisão a Moraes. O ex-presidente já se encontrava sob medidas cautelares desde julho, no âmbito de investigação que apura suposta coação no curso do processo do golpe, obstrução de Justiça e atentado à soberania, ocasião em que passou a usar a tornozeleira.
No debate legislativo, a oposição aposta que a fragilidade da relação entre o governo Lula e o comando do Congresso poderia favorecer a tramitação de propostas de anistia. O Projeto de Lei da Dosimetria, construído após passar para relatoria de Paulinho da Força, prevê revisão de penas aplicadas a condenados. Contudo, desde o início, o que o PL reivindica é uma anistia “ampla, geral e irrestrita”.


