Trecho do Boletim de Ocorrência registrado / Reprodução TVPajuçara
Homem foi esfaqueado por uma das vítimas, que se apresentou à polícia após o fato
O professor e treinador suspeito de abusar sexualmente de crianças e adolescentes em Maceió recebeu alta hospitalar e deve prestar depoimento à Polícia Civil nos próximos dias. A informação foi confirmada pela delegada Talita Aquino, titular da Delegacia de Combate aos Crimes contra Criança e Adolescente (DCCCA), responsável pelas investigações do caso.
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O homem estava internado após ser esfaqueado por um adolescente de 16 anos, que alegou ter reagido a uma tentativa de abuso sexual. O jovem se apresentou espontaneamente à delegacia, foi ouvido e teve o caso encaminhado à Delegacia do Adolescente em Conflito com a Lei (DEAC). A defesa do menor afirma que ele agiu em legítima defesa.
“Inicialmente nós vamos ouvir também, primeiramente, o adolescente, que gravou o vídeo e postou nas redes sociais, para que a gente possa entender com maior riqueza de detalhes como aconteceu a situação e também, através dele, talvez, identificar outras vítimas e testemunhas desse fato”, contou a delegada, em entrevista à TVPajuçara.
Apesar da gravidade das acusações, até o momento, nenhuma nova vítima se apresentou formalmente à polícia. A delegada Talita destacou a importância do envolvimento das possíveis vítimas para o avanço da investigação.
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Antecedentes
Durante a investigação foi descoberto que suspeito já possui antecedentes por condutas semelhantes. Em breve, assim que for considerado clinicamente apto, ele deve ser intimado para prestar depoimento.
“Já existe uma investigação por uma conduta parecida, e nós precisamos apurar com responsabilidade para que a gente possa realmente punir o acusado pelas condutas que ele praticou”, disse.
A polícia reforça o apelo para que outras vítimas se manifestem e contribuam com o processo investigativo.
“A polícia só pode trabalhar com elementos concretos. A partir do momento que a gente recebe a informação, precisamos checar a veracidade e para que um acusado seja realmente responsabilizado pelos crimes que cometeu. Então, independentemente de vergonha medo ou qualquer outro sentimento que essas vítimas tenham, nós estamos aqui disponíveis para fazer o nosso trabalho, que é o de ouvir, investigar, sem julgar os motivos que essas vítimas tenham tido para realmente serem tão vulneráveis e terem caído nesse tipo de golpe, digamos assim”, disse a delegada.


