sábado, setembro 13, 2025
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Investigação aponta atuação do filho de ex-ministro de Bolsonaro em esquema da Farra do INSS

Em abril de 2021, a União Brasileira de Aposentados da Previdência (Unibap) fechou um acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no momento em que cresciam denúncias sobre descontos irregulares em benefícios de aposentados. A entidade contou com a atuação do advogado Pietro Lorenzoni em sua defesa.

Pietro é filho de Onyx Lorenzoni (Progressistas), que naquele período ocupava a Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL). Poucos meses depois, em julho, Onyx assumiria o comando do Ministério da Previdência Social.

Documentos enviados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre descontos irregulares em benefícios de aposentados, caso revelado pelo portal Metrópoles, trazem o nome do advogado Pietro Lorenzoni entre os registros da União Brasileira de Aposentados da Previdência (Unibap).

Questionado, Lorenzoni explicou que sua banca atuava em questões administrativas para a entidade. Segundo ele, o trabalho incluía a elaboração de atas de assembleias, ofícios e minutas de documentos internos. O advogado acrescentou ainda que recebeu o convite para essa função por intermédio de uma ex-professora de sua faculdade.

A Unibap, entidade ligada ao advogado Pietro Lorenzoni, movimentou cerca de R$ 180 milhões por meio de descontos realizados diretamente em benefícios do INSS. Embora registrada em Águas Claras, no Distrito Federal, a associação acumula uma série de condenações judiciais em diferentes regiões do país, sob a acusação de cobrar mensalidades de aposentados que negam ter se filiado.

A atuação da Unibap entrou na mira de órgãos de controle: a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS determinou a quebra de seus sigilos, e a Controladoria-Geral da União (CGU) abriu apurações sobre suas práticas.

Em São Paulo, os processos mais recentes resultaram em condenações nas comarcas de Serrana, Jaú e Sorocaba. Nessas ações, a entidade costuma apresentar fichas de filiação contestadas pelos supostos associados, que questionam a autenticidade das assinaturas. Como a associação frequentemente deixa de arcar com os custos de perícia, a Justiça tem decidido em favor dos aposentados, impondo indenizações.

Fonte: Política Alagoana

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