quarta-feira, setembro 10, 2025
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 Polícia Científica atua para identificar ossada humana

A Polícia Científica confirmou que iniciará nesta quarta-feira (10) o protocolo de identificação da ossada humana encontrada em avançado estágio de esqueletização, na praia de Porto da Rua, em São Miguel dos Milagres, litoral norte de Alagoas. A descoberta feita por moradores da região ocorreu após a recente alta da maré expor os restos mortais…

A Polícia Científica confirmou que iniciará nesta quarta-feira (10) o protocolo de identificação da ossada humana encontrada em avançado estágio de esqueletização, na praia de Porto da Rua, em São Miguel dos Milagres, litoral norte de Alagoas.

A descoberta feita por moradores da região ocorreu após a recente alta da maré expor os restos mortais em uma área de restinga na beira-mar.

O perito criminal Everton Pinheiro, do Instituto de Criminalística de Maceió, foi o responsável pela perícia no local. Ele destacou a necessidade de remover a ossada antes da chegada da equipe do Corpo de Bombeiros Militar, a fim de evitar a perda de partes da ossada devido ao risco iminente da maré alta.

“Do crânio, por exemplo, só foi possível recuperar apenas uma parte da arcada dentária, devido à delicadeza e à complexidade do trabalho no local. Pela destruição dos tecidos moles, não foi possível identificar lesões que confirmassem a causa da morte, entretanto há possibilidade de identificação pelo DNA”, explicou o perito criminal.

James Pinheiro confirmou ainda que no local do achado foram recolhidas duas peças de vestuário que podem ser cruciais para as investigações: uma bermuda jeans com a etiqueta “Original Premium” e uma cueca vermelha da marca Calvin Klein. As vestes sugerem que a vítima seja do sexo masculino e podem nortear as investigações e auxiliar na identificação da pessoa.

Após a perícia no local, a ossada foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, onde passará por um exame de antropologia forense. O perito médico-legista Luiz Mansur, chefe administrativo do IML, explicou quais serão as medidas adotadas pelo órgão para tentar identificar a causa da morte e a identidade da vítima.

“No exame de antropologia forense, realizamos uma análise detalhada das ossadas humanas com o objetivo de estabelecer o perfil bioantropológico da vítima. A partir desse estudo, conseguimos determinar características como sexo, idade aproximada, estatura e ancestralidade, informações fundamentais para auxiliar na identificação do indivíduo”, explicou Mansur.

Como foi encontrada apenas parte da arcada dentária, a equipe do IML avaliará a possibilidade de identificação por meio do exame odontolegal. No entanto, havendo essa possibilidade, o exame só poderá ser realizado se a família apresentar alguma documentação odontológica da vítima, caso não seja possível, será coletada uma amostra de fragmento ósseo para o Exame de DNA.

A perita criminal Barbara Fonseca, chefe do Laboratório de Genética Forense, informou que, em um primeiro momento, o material genético obtido será cruzado com o DNA de familiares dos quatro jovens que continuam desaparecidos na região da Costa dos Corais. Em caso de resultado negativo, o material será inserido no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) para ser cruzado com as informações da rede integrada dos bancos estaduais.

A Polícia Cientifica orienta que, caso alguém reconheça as vestimentas encontradas pela perícia e tenha um familiar desaparecido na região que ainda não foi denunciada, procure a delegacia mais próxima para registrar um Boletim de Ocorrência. Em seguida, um familiar de primeiro grau deverá comparecer ao IML para fornecer material genético, possibilitando o confronto de DNA.



Fonte: Alagoas 24 Horas

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