segunda-feira, agosto 4, 2025
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Tarifaço: Lula e Trump podem conversar nos próximos dias

Após declaração de Trump, que afirmou estar aberto a conversar com Lula “quando ele quiser”, cresce a expectativa de um diálogo entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos nesta semana. A fala foi feita na última sexta-feira (1º), em resposta à repórter Raquel Krähenbühl, da TV Globo.

No Itamaraty, a declaração foi tratada com cautela. Diplomatas brasileiros avaliam que, apesar do gesto simbólico, ainda não está claro se há uma disposição real para um diálogo direto entre os presidentes. Segundo eles, uma conversa entre chefes de Estado não acontece de forma espontânea requer articulação prévia entre as equipes, definição de pautas e sintonia no tom do discurso.

Em meio ao aumento das tensões entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Donald Trump anunciou na última quarta-feira (30) uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Dias depois, sua declaração sobre uma possível conversa com Lula foi vista como um gesto inesperado no contexto do impasse comercial.

Também na quarta-feira, os Estados Unidos incluíram o ministro Alexandre de Moraes, do STF, em sua lista de sanções, amparados na Lei Magnitsky, instrumento legal usado contra autoridades acusadas de abusos ou práticas antidemocráticas.

Uma conversa que exige cautela

Durante um evento do PT neste domingo (3), Lula ressaltou que é preciso agir com cautela nas tratativas com os Estados Unidos sobre as tarifas impostas. Segundo o presidente, há limites no confronto com o governo norte-americano, o que exige prudência ao lidar com o tema.

“O governo tem que fazer aquilo que ele tem que fazer. Por exemplo, nessa briga que a gente está fazendo agora, com a taxação dos Estados Unidos, eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que eu devo falar, eu tenho que falar o que é possível falar, porque eu acho que nós temos que falar aquilo que é necessário”, declarou o presidente.

Ainda no evento, Lula defendeu que a postura do Brasil em defesa da soberania assusta “pessoas que acham que mandam no mundo”, mas sem citar Donald Trump.

“Nós não queremos confusão. Então, quem quiser confusão conosco, pode saber que nós não queremos brigar. Agora não pensem que nós temos medo. Não pensem”, afirmou.

Ainda assim, Lula destacou que as negociações continuam e que os canais de comunicação com os Estados Unidos permanecem ativos.

“O que nós queremos, nós estamos trabalhando, nós vamos ajudar as nossas empresas, nós vamos defender os nossos trabalhadores e vamos dizer o seguinte, quando quiser negociar, as propostas estão na mesa”, destacou.

Fonte: Política Alagoana

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