quinta-feira, julho 31, 2025
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Lula afirma que “Se Bolsonaro for condenado, o lugar dele é no xilindró”

Durante agenda em Juazeiro (BA) nessa quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, seu lugar será “no xilindró”. O presidente também fez referência às pressões de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ao Brasil.

“Primeiro, quem vai condenar Bolsonaro não é o presidente da República, não é o governador da Bahia, mas a Suprema Corte brasileira. Então Bolsonaro será julgado e, se for condenado, o lugar dele é no xilindró. Neste país, a lei vale para todo mundo. Ninguém é melhor que ninguém. Vamos continuar trabalhando, dar um tempo, estamos juntando empresários, americanos, pois quando chegar 1º/8 vamos dar uma resposta”, afirmou Lula.

Trump anunciou a imposição de tarifas adicionais ao Brasil como uma estratégia para pressionar contra o que ele classifica como uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro. O governo Lula trabalha para articular uma resposta coordenada à crise, caso a ameaça se concretize e as novas tarifas entrem em vigor a partir de 1º de agosto.

Ainda no evento, o presidente do Brasil reclamou: “Estes dias o presidente Trump, a troco não sei de que talvez a pedido do filho do ‘coisa’, o filho do ‘coisa’ é deputado, pediu licença pra ir lá pedir golpe a Trump no Brasil —, manda uma carta desaforada pra mim… Desaforada. ‘Se não soltar Bolsonaro, dia 1 de agosto vou taxar o Brasil em 50%’. Veja que coisa absurda”.

As declarações feitas pelo petista durante visita à Bahia marcaram a terceira investida do presidente sobre o tema ao longo do dia. A estratégia adotada aposta na construção de um “inimigo comum” como forma de retomar o diálogo com o empresariado e reforçar a imagem de um governo que busca atuar além das pautas tradicionalmente ligadas à esquerda. Lula se posicionou contra a taxação em dois momentos distintos: durante discurso no congresso da UNE, em Goiânia, e em entrevista à CNN Internacional, só nessa quinta-feira.

Durante seu discurso, Lula reforçou a autonomia entre os Poderes e rejeitou qualquer possibilidade de o Executivo ceder a pressões vindas dos Estados Unidos. Ele afirmou que sua trajetória sempre foi pautada pelo diálogo. “Aprendi a negociar ainda nos tempos de greve, e levo isso para a vida pública. Mas é importante que o presidente dos EUA compreenda que não é o dono do mundo. Quem governa o Brasil somos nós, e é aqui que se decide o rumo do país”, disse.

O presidente completou a fala destacando mais uma vez que pretende ser reeleito 2026. “Nós não queremos brigar, mas não somos de fugir. O Brasil só tem um dono, e chama-se povo brasileiro. (…) Ainda está longe da eleição. Mas quero dizer que se for necessário ser candidato para evitar que essa turma do coisa volte, fique ficar certo que serei candidato para ganhar essas eleições. Nós vamos fortalecer e consolidar a democracia brasileira”, finalizou.

Fonte: Política Alagoana

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